Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://repositorio.unesc.net/handle/1/4215
Título: | A atuação da mídia e a construção social da criminalidade – a contradição entre a espetacularização dos crimes selecionados pelo sistema penal e a imunidade nos crimes do colarinho branco |
Autor(es): | Pereira, Lucas |
Orientador(es): | Cimolin, Valter |
Palavras-chave: | Criminologia crítica Teoria do etiquetamento social Crimes do colarinho branco Mídia Impunidade |
Descrição: | Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. |
Resumo: | As agências de controle penal tendem a perseguir certos tipos de crime e a mídia ao divulgá-los diariamente, transmite a ideia de que aqueles que cometem pequenos furtos, roubos, traficam ou receptam são o cerne do problema criminal no Brasil. Entretanto, muitas vezes esquecem a real dimensão dos danos provocados por tais criminosos se comparados aos oriundos daqueles praticados elevado status sociais, que possuem funções de destaque em grandes corporações e que detêm influência e respeito perante a sociedade, mas que no conforto de seus escritórios, desviam milhões de reais dos cofres públicos, que poderiam ser utilizados em áreas da saúde, educação e segurança que tanto precisam de tais recursos. A mídia e seus programas sensacionalistas têm grande influência na construção social da criminalidade, quando explora o crime como mercadoria, criando a face do inimigo da sociedade, sempre representado pelo sujeito oriundo das classes mais subalternas. Nessa perspectiva, o presente estudo tem como tema central à análise da mídia e a construção social da criminalidade, principalmente no que tange a dicotomia entre a espetacularização dos crimes selecionados pelo sistema e a imunidade dos crimes praticados por agentes de colarinho branco. Utilizou-se como metodologia o método dedutivo de abordagem, através de pesquisa teórica e exploratória de livros, revistas especializadas, artigos científicos, bem como consulta à legislação e a rede mundial de computadores. Em síntese, os resultados alcançados demonstram que a mídia tem papel fundamental na construção social da criminalidade, relegitimando as agências de controle formal (Polícia, Ministério Público, Judiciário) na perseguição das camadas mais pobres da população. Conclui-se que, embora ultimamente tenha se dado algum espaço nos meios de comunicação aos crimes do colarinho branco, o tratamento dado a eles é extremamente mais benevolente se comparado aos criminosos habitualmente perseguidos pelo sistema. A sociedade ainda não criou etiquetas e estereótipos a esses criminosos, talvez por não ter a dimensão da danosidade que tais praticas trazem à sociedade e isso se deve também, ao “acobertamento” dado pela mídia na proteção ou no silêncio perante tais crimes. |
Idioma: | Português (Brasil) |
Tipo: | Trabalhos apresentandos em eventos |
Data da publicação: | Dez-2015 |
URI: | http://repositorio.unesc.net/handle/1/4215 |
Aparece nas coleções: | Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (DIR) |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
LUCAS PEREIRA.pdf | TCC | 3,76 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.