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Título: Semeando saberes: a etnobotânica e o quintal como resultado e valorização do conhecimento da mulher agricultora
Autor(es): Varela, Elaine Puziski
Orientador(es): Citadini-Zanette, Vanilde
Palavras-chave: Etnobotânica
Relação homem-planta
Plantas - Identificação
Conhecimento tradicional associado
Aprendizagem experimental
Trabalhadoras rurais
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais.
Resumo: Estudos etnobotânicos envolvem conhecer as diferentes relações entre seres humanos e plantas. Comunidades tradicionais, como os agricultores familiares, possuem forte ligação com o meio natural que os rodeiam. Ao longo do tempo, essas comunidades desenvolveram técnicas de manejo e cultivo de diferentes espécies, principalmente das cultivadas em seus quintais. As mulheres agricultoras são, na maioria dos casos, as responsáveis pela manutenção dos quintais e das espécies alí presentes, o que resulta em um valioso conhecimento adquirido nas vivências do dia a dia, ao longo dos anos. Este trabalho teve como objetivo investigar os saberes de uma agricultora tradicional sobre as espécies vegetais presentes em seu quintal, no Bairro Morro Albino, Criciúma, Santa Catarina. Para conhecer a história da agricultora e sua ligação com as plantas, foi realizada uma pesquisa qualitativa, onde utilizou-se o método História Oralmodalidade História de Vida. Para a coleta de dados sobre as espécies cultivadas pela agricultora, foi utilizada entrevista semiestruturada, bem como o método de turnê guiada, com registro fotográfico. Foram registradas 142 espécies cultivadas pela agricultora, utilizadas para fins medicinais, alimentícios e ornamentais. A grande maioria das espécies medicinais são usadas na forma de chá, preparado pela agricultora a partir das folhas da planta. Foram diversas as etnoindicações praticadas pela agricultora para as espécies medicinais, dentre elas: aumentar a imunidade, calmante, gripe, diabete, picada de inseto, pulmão, dores no corpo e estômago, diurético, prevenção do câncer, vermes, sintomas da menopausa, dor e infecção nos rins e bexiga, antibiótico, sarampo, repelente, cicatrizar feridas, lavar os olhos, prisão de ventre, cólicas, entre outros. As espécies utilizadas na alimentação apresentaram diferentes formas de uso, in natura, como fruta ou salada, cozida, frita ou como tempero. As partes mais consumidas destas espécies foram os frutos, folhas, raízes e tubérculos. As espécies ornamentais, para a agricultora, possuem o papel principal de embelezar o seu quintal. O estudo revelou um rico conhecimento tradicional sobre a forma de uso de espécies vegetais, adquirido pela agricultora por meio de seus ancestrais e praticados ao longo de sua vida.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2021
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/9094
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