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http://repositorio.unesc.net/handle/1/8704
Título: | Maternidade, infância e gênero em relações capital-trabalho na região carbonífera de Criciúma/SC: uma análise de políticas sócio-médico-assistenciais mediadas pela SATC (1960-1980) |
Autor(es): | Leal, Roberta Adamoli Santin |
Orientador(es): | Salvaro, Giovana Ilka Jacinto |
Co-orientador: | Alves, Ismael Gonçalves |
Palavras-chave: | Divisão do trabalho por sexo – Criciúma (SC) Trabalho reprodutivo Trabalho doméstico Políticas sócio-médico-assistenciais Maternidade Relações de gênero Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão - Política social |
Descrição: | Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico. |
Resumo: | Na presente dissertação, buscou-se analisar quais discursos de gênero sobre maternidade e infância foram produzidos em políticas sócio-médico-assistenciais, mediadas pela SATC e articuladas a relações capital-trabalho, na região carbonífera Criciúma/SC, no período de 1960-1980. Para a realização da pesquisa, com base na análise discursiva proposta por Michel Foucault, foram selecionados e analisados relatórios produzidos pela SATC e legislações. Como principais considerações analíticas, ressalta-se que políticas sócio-médico-assistenciais promoveram e instituíram novas formas de viver à população operária pobre, sobretudo, a mulheres, com o intuito de adequá-las ao modelo societário urbano-industrial em desenvolvimento. Fundamentadas em produções discursivas de gênero, as políticas tinham como foco determinado modelo ideal de mulher, instituído pela posição mulher-esposa-mãe, disciplinada e responsável por atividades domésticas e de cuidados. Foram identificados processos históricos de ressignificação da maternidade e da infância, em que elementos socioculturais, articulados a interesses políticos e econômicos produziram novas formas de exercer a maternidade, mediante normas e discursos ancorados em determinismos biológicos, com pretensa naturalização das mulheres para a maternidade. O espaço doméstico e atividades de cuidado (dos filhos e do marido) foram atribuídos a mulheres, a fim de manter a reprodução de um modelo de família (urbana-nuclear-burguesa) e condições necessárias aos homens para manutenção do status de provedor. Nesse contexto, a análise demonstrou como o capital, para a sua manutenção e ampliação, utilizou-se do trabalho reprodutivo, realizado por mulheres e aprofundou assimetrias de gênero pela divisão sexual do trabalho. Também, como o Estado e demais instituições a serviço do capital, por meio da disciplina e de uma biopolítica da população, apropriaram-se de saberes para implementar políticas sócio-médico-assistenciais, que reforçaram a posição mulher-esposa-mãe. |
Idioma: | Português (Brasil) |
Tipo: | Dissertação |
Data da publicação: | 2021 |
URI: | http://repositorio.unesc.net/handle/1/8704 |
Aparece nas coleções: | Dissertação (PPGDS) |
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