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http://repositorio.unesc.net/handle/1/8164
Título: | Literatura e desentendimento: a Base Nacional Comum Curricular e a política do literário |
Autor(es): | Ferraz, Diego Rodrigo |
Orientador(es): | Cechinel, André |
Palavras-chave: | Base Nacional Comum Curricular Literatura – Estudo e ensino Intransitividade Negatividade (Filosofia) |
Descrição: | Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação. |
Resumo: | Esta dissertação investiga a relação estabelecida entre a literatura e a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (2018). A análise do documento é realizada em quatro momentos, a partir do diálogo com os escritos de Benjamin (2016; 2017), Rancière (1996; 2009; 2012) e Durão (2012; 2017). O primeiro capítulo se centra nos elementos estruturais da Base, com a discussão de alguns conceitos norteadores do documento. No segundo capítulo, empreendemos uma incursão dos PCNEM à BNCC para observar como a literatura é abordada em cada uma dessas propostas. Percebemos a ausência de conceitos substantivos acerca de um projeto educacional. Além disso, a ideia de progresso, presente nos documentos, faz com que a Educação se torne mera autenticação da ordem vigente. O reflexo disso é percebido no trato dado à literatura, cujo espaço nos parece exíguo. Como analisamos no terceiro capítulo, tomar a literatura para o exercício desse projeto formativo é modificar o próprio texto literário; entretanto, este trabalho pondera que a literatura pode atuar a contrapelo desse projeto por seu caráter intransitivo. Como as tecnologias ganham destaque no texto da BNCC, o quarto capítulo parte da análise da modernidade, realizada por Benjamin (2016b; 2017a; 2017b), e, em diálogo com Buck-Morss (2012), cunhamos o conceito de hiperatividade anestésica para refletir sobre o regime de percepção contemporâneo. Contra esse regime e para reaver as percepções anestesiadas por essa hiperatividade, apontamos para a negatividade do literário (DURÃO, 2012; 2017), isto é, a uma estética negativa. Defendemos, desse modo, o direito à intransitividade da literatura e de seu ensino como uma potência necessária à formação. Literatura, negatividade e intransitividade são, sobretudo, exercícios de liberdade. |
Idioma: | Português (Brasil) |
Tipo: | Dissertação |
Data da publicação: | 2020 |
URI: | http://repositorio.unesc.net/handle/1/8164 |
Aparece nas coleções: | Dissertação (PPGE) |
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