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Título: Regulação neuroinflamatória das nanopartículas de ouro ligadas ao etilenodicisteína dietil éster em animais expostos a um modelo de esclerose múltipla
Autor(es): Victor, Priscila Soares de Souza
Orientador(es): Silveira, Paulo Cesar Lock
Co-orientador: Oliveira, Jade de
Palavras-chave: Esclerose múltipla - Tratamento
Nanopartículas de ouro – Uso terapêutico
Etilenodicisteína dietil éster
Encefalomielite autoimune experimental
Descrição: Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde.
Resumo: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica auto-imune desmielinizante do sistema nervoso central (SNC) que causa incapacidade neurológica e ainda permanece sem uma terapia eficaz. A EM acomete, principalmente, indivíduos brancos na faixa etária entre 20 e 40 anos e com predomínio sobre o sexo feminino. A perda de mielina interfere na transmissão dos impulsos nervosos produzindo os sintomas típicos da doença tais como, parestesias, dificuldade de coordenação motora e locomoção, neurite óptica, tonturas, vertigem, tremores, dor, disfunções sexuais, distúrbios esfincterianos e fadiga. As células T auto-reativas se infiltram no SNC e produzem uma grande quantidade de citocinas pró-inflamatórias, o que leva a destruição da bainha de mielina. Sabe-se que as nanopartículas de ouro (GNPs) apresentam propriedades anti-inflamatórias. No entanto, atualmente não existem evidências na literatura que avaliem se as GNPs auxiliam no efeito modificador da EM. Além disso, as GNPs podem se dirpersar por outros órgãos como fígado, baço, linfonodos e medula óssea. Assim, com intuito de auxiliar na entrega de GNPs ao SNC foi utilizado o etilenodicisteína dietil éster (ECD). O ECD é um radiofármaco destinado a cintilografia de perfusão cerebral, ele atravessa a barreira hematoencefalica (BHE) e se liga ao SNC. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos das GNPs ligadas ao ECD no SNC de animais expostos a um modelo experimental de EM. Foram utilizados 86 camundongos C57BL/6 fêmeas. A encefalomielite autoimune (EAE), modelo experimental de EM, foi induzida com glicoproteína de mielina do oligodendrócito (MOG35-55) em adjuvante completo de Freund (CFA), suplementado com Mycobacterium tuberculosis (Mt). Cada animal recebeu toxina Pertussis no dia 0 e no dia 2 pós-indução. Primeiramente, foi realizado um estudo piloto para avaliar qual concentração de GNPs apresenta um efeito positivo na EAE, e os animais foram divididos em 5 grupos (n = 10 animais/grupo) da seguinte forma: grupo EAE + ECD; grupo EAE + GNPs (1,0mg/L); grupo EAE + GNPs (0,3 mg/L) + ECD; grupo EAE + GNPs (0,6 mg/L) + ECD e grupo EAE + GNPs (1,0mg/L) + ECD. Os resultados mostraram que o grupo tratado com GNPs (0,6mg/L) + ECD apresentou redução de infiltrado inflamatório, redução de citocinas como IL-1β e IL-17 na medula espinhal e melhora da integridade da bainha de mielina, além de uma melhora nos sinais clínicos. A partir destes resultados, foi realizado outro estudo, e os animais foram divididos da seguinte forma: grupo EAE; grupo EAE + GNPs (0,6mg/L) e grupo EAE + GNPs (0,6mg/L) + ECD. Foram analisados o escore clínico e o peso dos animais, formação de óxido nítrico, dano em DNA, citocinas pró- e anti-inflamatórias (IL-1β, IFN-y, TNF-α, IL-17, TGF-β, IL-4 e IL-10) e NF-kB na medula espinhal. Os resultados mostraram que as GNPs (0,6mg/L) e GNPs (0,6mg/L) + ECD apresentam melhora nos sinais clínicos da doença; houve uma redução nos níveis de citocinas próinflamatórias, infiltrado inflamatório; redução de óxido nítrico e redução de dano em DNA; além de um aumento da integridade da bainha de mielina nos animais EAE tratados com GNPs (0,6mg/L) + ECD. Assim, os resultados mostram que o tratamento com GNPs (0,6 mg/L) e GNPs (0,6 mg/L) + ECD, melhorou a integridade da bainha de mielina devido a redução de citocinas pro-inflamatórias.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Tese
Data da publicação: 2019
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/7535
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