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Título: Influência da obstrução da vegetação do sub-bosque na abundância de morcegos (Mammalia: Chiroptera) em ambiente de mata atlântica no sul do Brasil
Autor(es): Luciano, Beatriz Fernandes Lima
Orientador(es): Zocche, Jairo José
Co-orientador: Carvalho, Fernando
Palavras-chave: Morcegos – Identificação – Brasil, Região Sul
Populações animais – Influências florestais
Morfologia (Animais)
Floresta Ombrófila Densa
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense -UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais.
Resumo: Para os morcegos, a complexidade da vegetação pode limitar ou diminuir a utilização de determinadas áreas. Todavia, a variação da morfologia alar das espécies proporciona distintos padrões de voos, possibilitando a ocupação de diferentes micro-habitats. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da obstrução da vegetação na abundância de morcegos em um ambiente de Mata Atlântica, no sul do Brasil. O estudo foi realizado no Parque Nacional Aparados da Serra, município de Praia Grande, Santa Catarina, sendo as amostragens realizadas entre setembro de 2016 e abril de 2017, com três noites consecutivas de trabalho de campo em cada mês. Para a captura dos morcegos foram definidos 30 pontos fixos de instalação de redes de neblina no sub-bosque, os quais foram inventariados uma vez em cada mês. Nos mesmos pontos de instalação das redes, foram estimadas a densidade e a complexidade da vegetação do sub-bosque, por meio de fotografias digitais. A composição da assembleia de morcegos foi descrita com base em atributos de riqueza e abundância, sendo a suficiência amostral analisada por meio da curva de acumulação de espécies, construída pelo método de rarefação. Para avaliar a variação na morfologia alar foram analisados 13 atributos, os quais estão relacionados ao tipo e estilo de voo. Para avaliar se a obstrução da vegetação influenciou a abundância dos morcegos (comunidade e espécies), bem como nos grupos com morfologia alar semelhante, foram utilizados dois modelos lineares generalizados (GLM), tendo como algoritmo de análise a distribuição de Poisson e a função de ligação logarítmica. Em 24 noites de amostragens foram obtidas 389 capturas, pertencentes a duas famílias e a oito espécies: Sturnira lilium (n = 115); Artibeus lituratus (n = 99); Artibeus fimbriatus (n = 98); Carollia perspicillata (n = 54); Desmodus rotundus (n = 12); Anoura caudifer (n = 5); Myotis nigricans (n = 4) e; Chrotopterus auritus (n = 2). A abundância da comunidade e das cinco espécies com número suficiente de indivíduos para análise (n = 10), foram menores em ambientes com maior obstrução da vegetação. O mesmo padrão ocorre para os três grupos de morcegos com morfologia alar semelhante. Devido às diferenças eco-morfológicas entre organismos, as métricas de densidade e complexidade explicaram de forma distinta a abundância das espécies no sub-bosque, sendo importante mensurá-las separadamente. Pode-se concluir que as espécies de morcegos respondem diferentemente a pequenas mudanças na complexidade do ambiente, este fator deve ser considerado em políticas de conservação, pois medidas para manutenção dos organismos só serão funcionais se atenderem as necessidades de toda comunidade.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2018
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/5665
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