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Título: Alterações neuroquímicas e comportamentais em modelo animal de periodontite apical crônica induzida por E. faecalis
Autor(es): Netto, Soraia
Orientador(es): Barichello, Tatiana
Co-orientador: Generoso, Jaqueline da Silva
Palavras-chave: Periodontite periapical
Periodontite periapical – Efeitos colaterais
Enterococcus faecalis
Dano cognitivo
Inflamação
Estresse oxidativo
Descrição: Tese de doutorado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde.
Resumo: A periodontite apical (PA) é uma infecção inflamatória crônica oral, que na maioria dos casos resulta da cárie dentária, traumatismo dental e da periodontite crônica. Após a contaminação da polpa dental pelas bactérias presentes na cavidade oral, a polpa inflamada acaba necrosando. Este processo inflamatório induz a produção de mediadores inflamatórios que chegam à circulação sanguínea e podem contribuir para o agravamento de diversas doenças sistêmicas. Há evidências crescentes de que a inflamação desempenha um papel fundamental na fisiopatologia de doenças que afetam o sistema nervoso central. Embora a inflamação esteja presente em ambas as condições, os mecanismos exatos e as ligações cruzadas entre a PA e neuroinflamação são poucos conhecidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar se a PA induzida e contaminada com Entereococcus faecalis pode causar neuroinflamação, alterações nos parâmetros de estresse oxidativo e alterações cognitivas em modelo experimental. Foram utilizados 100 ratos Wistar machos adultos (60 dias, 250-300 g), onde foi induzida a PA. Os animais foram divididos em grupo controle/ salina (n=25); controle/ E. faecalis (n=25); PA/ salina (n=25); PA/ E. faecalis (n=25). Após o experimento os animais retornaram para o biotério em suas caixas moradias. No 10º dia após a indução da lesão, foram realizados o teste comportamental de reconhecimento de objetos novos além da tomografia computadorizada de mandíbula. No 21º dia foi realizado novamente o teste comportamental e após a eutanásia, foi realizada coleta de amostras de córtex frontal, hipocampo e líquido cefalorraquidiano, para análises imunoquímicas e imunohistoquímicas. Neste estudo foi possível verificar que em 21 dias após o desenvolvimento de PA os animais apresentaram danos nas estruturas ósseas dentárias, características da doença, sendo os animais do grupo PA/ E. faecalis mais afetados e com maiores volumes de lesão. Os animais dos grupos periodontite apresentaram dano de memória, com aumento expressivo de marcadores gliais nas estruturas córtex frontal, giro denteado e hipocampo, nos animais infectados por E. faecalis. Os níveis de TNF-α, IL-1β e IL-6 estiveram exacerbados nos grupos PA/ E. faecalis quando comparado ao grupo PA/ salina. Com relação aos níveis de IL- 10 não foi observado alterações significativas em nenhuma estrutura avaliada. Na avaliação de parâmetros oxidativos, verificou-se aumento expressivo de peroxidação lipídica, carbonilação de proteínas e aumento de espécies reativas de oxigênio no grupo PA/ E. faecalis. Sendo assim, o processo infeccioso por E. faecalis exacerba parâmetros inflamatórios e oxidativos em modelo animal de PA, resultando em ativação microglial e possível dano cerebral correlacionadas a danos comportamentais de memória e aprendizado.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Tese
Data da publicação: 2024
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/11569
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