Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unesc.net/handle/1/10780
Título: Trabalho de cuidado e COVID-19: efeitos psicossociais da pandemia a trabalhadoras de áreas da saúde do município de Criciúma/SC
Autor(es): Mariano, Patrícia
Orientador(es): Salvaro, Giovana Ilka Jacinto
Co-orientador: Rabelo, Giani
Palavras-chave: COVID-19, Pandemia de, 2020- - Aspectos sociais
COVID-19, Pandemia de, 2020- - Aspectos psicológicos
Trabalhadoras
Pessoal de saúde
Atenção Primária à Saúde
Saúde do trabalhador
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestra em Desenvolvimento Socioeconômico.
Resumo: Neste trabalho, proponho analisar os efeitos psicossociais da pandemia de Covid-19 a trabalhadoras do cuidado da Atenção Primária à Saúde do município de Criciúma/SC. Para tanto, entrevistei dez mulheres, profissionais das áreas de Enfermagem (técnicas e enfermeiras) e agentes comunitárias de saúde de Unidades Básicas de Saúde, a fim de compreender os processos de adoecimento e saúde atrelados às condições trabalho pelos processos de subjetivação em tempos pandêmicos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de campo e de caráter exploratório, com a realização de entrevistas por pautas. Parto da interseccionalidade como uma práxis político-metodológica para a construção de uma pesquisa narrativa, com a análise baseada em marco teórico feminista, com foco nas teorias da divisão sexual do trabalho, mobilizando gênero como uma categoria analítica fundamental para a análise do cuidado como um trabalho. Considero a pandemia tanto um evento de disseminação global de uma nova variante de coronavírus, como um dispositivo mobilizado como estratégia da necrogovernamentalidade brasileira. A desresponsabilização do Estado brasileiro no período analisado (2020-2022) produziu o que chamamos de gestão cotidiana da pandemia, isto é, a responsabilização pela contenção do vírus foi delegada à população. Tal lógica produziu, dentre outros efeitos, a centralidade do medo e do cansaço na experiência de cuidado das trabalhadoras. Em contrapartida, apesar da descaracterização do saber-fazer cuidado próprio da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde brasileiro, a prática do cuidado em tempos pandêmicos produziu novas possibilidades de laço entre trabalhadora-população e trabalhadora-equipe, bem como de reiteração de um lugar de desejo e de reconhecimento pelo trabalho em saúde. O desaparecimento-morte foi uma categoria fundamental para a análise da produção da desigual distribuição da precarização da vida, de diferentes condições de reconhecimento pelos marcadores de gênero, geração, escolaridade e território, e dos efeitos nos processos de subjetivação de trabalhadoras do cuidado através da gestão das mortes em decorrência da Covid-19. A partir dos achados, entendo que o cuidado em tempos pandêmicos e de racionalidade neoliberal pode ser pensado desde a tríade vida-cuidado-morte, a partir das teóricas feministas que teorizam e localizam o cuidado no campo político, como uma premissa para a consolidação de uma democracia plena e garantia de justiça social pelo acesso igualitário ao cuidado e melhores condições de trabalho às que cuidam.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2023
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/10780
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGDS)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Restrição de acesso.pdfDissertação3,29 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.