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Título: O transtorno do espectro autista como um sintoma e não um diagnóstico: considerações clínicas e pré-clínicas em busca da compreensão do autismo
Autor(es): Lin, Jaime
Orientador(es): Gonçalves, Cinara Ludvig
Co-orientador: Oliveira, Jade de
Palavras-chave: Transtorno do espectro autista
Epidemiologia
Comportamento
Colesterol - Metabolismo
Estresse oxidativo
Estatinas
Autismo – Fisiopatologia
Descrição: Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde.
Resumo: O termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) refere-se à um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizada pela presença de dificuldades persistentes na comunicação e na interação social aliadas à um padrão restrito, repetitivo e estereotipado de comportamentos, interesses ou atividades. Se inicialmente era considerada uma condição rara, nas últimas décadas, tanto a incidência quanto a prevalência do TEA, tiveram um aumento exponencial. Como resultado, o autismo transformou-se em um problema de saúde pública emergencial e desafiador, com enormes custos emocionais e financeiros. Até o momento, todas as tentativas de se encontrar um tratamento foram frustradas pela falta de uma explicação fisiopatológica única e pela dificuldade em se encontrar até mesmo um pequeno grupo de pacientes clinicamente homogêneos. Inicialmente, 321 pacientes provenientes de um ambulatório de nível de atenção terciário foram avaliados do ponto de vista clínico (antecedentes familiares, histórico gestacional e características clínicas) e laboratorial (exames laboratoriais, exames de neuroimagem e exames de investigação neurogenética), através da avaliação clínica e revisão de prontuários médicos, comparando-se casos graves, leves e controles, na busca de padrões clinicamente relevantes. Encontrando-se 5,7 meninos para cada menina, 50,6% de história familiar positiva para transtornos neuropsiquiátricos, história de infecção materna na gestação em 29,6% dos casos, hipocolesteromia sérica nos pacientes com TEA quando comparados aos controles. Verificou-se ainda, se o autismo poderia ser encontrado também na população geral, através da avaliação de mais de 1167 estudantes de graduação, através do questionário Autism Spectrum Quocient, encontrando-se uma frequência de 3,8% dos alunos apresentando sintomas compatíveis com TEA, em sua maioria das áreas de música erudita (12,5%) e engenharias (6,9%). Finalmente, após evidências de que níveis séricos baixos de colesterol eram encontrados em uma parcela significativa de pacientes com TEA, avaliou-se o uso das estatinas em um modelo animal de autismo. Animais expostos ao valproato de sódio no período período pré-natal e posteriormente tratados com estatinas (atorvastatina e sinvastatina) foram submetidos a testes comportamentais para a avaliação de sintomas similares ao autismo e posteriormente, tecidos de córtex cerebral e cerebelo foram utilizados para a determinação de parâmetros de estresse oxidativo, verificando-se níveis elevados de sulfidrilas e TBARS que foram posteriormente revertidos com o tratamento com as estatinas, evidenciando o papel do metabolismo do colesterol na fisiopatologia do TEA e possíveis efeitos antioxidantes das estatinas. Muito mais que uma entidade diagnóstica distinta, o TEA é uma síndrome, com um conjunto de sinais e sintomas convergentes associados a uma miríade de fatores de risco genéticos e ambientais que levam a uma enorme variabilidade clínica. Levar isso em conta é fundamental quando se estuda o seu tratamento, sempre se tendo em mente qual, dos vários tipos de “autismos”, estamos tentando tratar.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Tese
Data da publicação: 2022
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/10112
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