Avaliação dos sistemas de tratamento de águas residuárias de uma instituição de ensino superior

Abstract

O despejo de efluentes no corpo receptor sem atender aos padrões de lançamento estabelecidos pelas legislações vigentes pode proporcionar riscos ao tanto ao meio ambiente quanto a saúde pública. Risco esse decorrente dos diversos poluentes que fazem parte da composição desses despejos que podem veicular doenças, através da água, bem como, proporcionar danos ao ecossistema existente em seu ponto de lançamento. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo avaliar dois sistemas de tratamento de águas residuais de uma instituição de ensino superior. Para tanto foi realizada a vistoria em campo dos dispositivos existentes nas estações de tratamento, registro fotográfico, coleta de dados de relatórios e com funcionários, e coleta de amostras para análise laboratorial visando determinar a eficiência dos sistemas. Os resultados observados demonstraram problemas físicos nos dispositivos de um dos sistemas de tratamento que inibem a sua eficiência se fazendo necessária sua imediata reparação. Os resultados provenientes das análises demonstraram mais de 98% e mais de 82% de remoção de DBO5 para a estação 1 e 2, respectivamente. Porém, as análises microbiológicas indicaram problemas na eficiência da desinfecção do efluente da estação 1, visto que os resultados apontaram a presença de E. Coli no efluente tratado. Ademais foram verificados os laudos que são entregues pela instituição ao órgão ambiental sendo esses parâmetros analisados com base na resolução CONAMA 430 de 2011 e no Código Ambiental do estado de Santa Catarina, Lei 14.675/2009. Comparando os resultados obtidos com os limites das legislações observou-se que somente o parâmetro mercúrio não atendeu aos requisitos estabelecidos pela lei 14.675/2009. A partir dos resultados da análise realizada foram propostas soluções a fim de proporcionar melhorias em termos de eficiência destes sistemas, sendo estas: a troca da caixa de cloração para um modelo que utilize pastilhas de cloro, o que dispensa a aplicação diária de cloro, além de recomendar a cobertura para os sistemas bem como melhorias na segurança operacional, plano de monitoramento das bombas e aeradores, por serem fundamentais na operação do sistema.