Comportamento de risco para infecções sexualmente transmissíveis em estudantes de uma universidade do extremo sul catarinense

Abstract

Objetivo: Caracterizado o comportamento de risco para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em estudantes de uma Universidade do Extremo Sul Catarinense. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, com coleta de dados primários e abordagem quantitativa. Realizado através de questionário formulado pelos pesquisadores e enviado por e-mail aos estudantes, com o intuito de caracterizar o perfil sociodemográfico e pessoal, o histórico da vida sexual, conhecimento sobre ISTs, se houve história de contágio por ISTs e sobre realização prévia de teste rápido para ISTs. A população estudada foram os acadêmicos regularmente matriculados no segundo semestre de 2021 da Universidade do Extremo Sul Catarinense, excluídos os matriculados na modalidade de ensino à distância. Resultados: O questionário foi respondido por 367 alunos, a média de idade dos estudantes é de 23 anos, 77,7% são do sexo feminino, 83,9% relataram ter a cor da pele branca, 75,8% são heterossexuais e 99,2% cisgênero. Sobre o uso de preservativo na última relação sexual, 57,4% das mulheres relataram não terem feito uso, e, dentre as que fazem uso do método contraceptivo de longa duração: DIU, 76,74% não utilizam concomitantemente o preservativo. Além disso, 52,4% dos alunos nunca realizaram um teste rápido para ISTs. Conclusão: Diante da frequente não utilização de preservativo por parte dos alunos e, tendo em vista que as mulheres que utilizam um método contraceptivo, usam ainda menos o preservativo, fica evidente que a maior preocupação dos jovens é a gravidez indesejada. Portanto, fica clara a importância da educação sexual nas universidades e escolas, frisando o papel do preservativo como aliado da saúde sexual.