Tatuagem e formação: o despertar sensível do professor, artista, pesquisador

Abstract

Esta pesquisa está situada na linha Educação e Arte do Curso de Artes Visuais - Licenciatura da Unesc e apresenta como problemática: Como a linguagem artística da tatuagem pode transformar uma formação acadêmica em licenciatura em Artes Visuais e de que forma ela contribui na formação deste professor, deste artista e deste pesquisador? Trata-se de uma pesquisa qualitativa que faz uso da cartografia como método, e o procedimento técnico se deu através de entrevista semiestruturada. O trabalho procura entender como se dá o processo de formação de tatuadores e tatuadoras que têm suas formações nos cursos de Artes Visuais Licenciatura e Bacharelado da Unesc. Discute a possibilidade de levar a tatuagem para o ambiente escolar, de maneira que apresente a prática como produção artística com a finalidade de desmarginalizar o olhar do público que não faz uso da mesma. Ainda levanta questionamentos sobre as produções artísticas que fazem uso de elementos e resíduos de um procedimento de tatuagem, e além disso, aborda a necessidade de pesquisas científicas que apresentem a tatuagem como elemento principal. As entrevistas se deram em momentos distintos, contando com a participação de cinco tatuadores e tatuadoras que estão cursando Artes Visuais na Unesc e um egresso do Curso, visando entender qual relação eles fazem entre a tatuagem e a escola básica, como eles entendem a pesquisa científica e qual suas experiências em relação a produções artísticas. Para fundamentar a pesquisa trago alguns autores, dentre eles Saviani (2002), Cauquelin (2005), Moreira (2008), Honorato (2015), Barros e Kastrup (2015), Jeha (2019), Ferreira (2007), Martins (2012), Salles (2014), dentre outros. A pesquisa mostrou a potência que pode ser trabalhar a tatuagem em ambientes de formação de conhecimento, entretanto, é proporcional a fragilidade que a prática apresenta em discussões contemporâneas.