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Título: Sucessão secundária em antigas áreas de pastagem no Parque Estadual da Serra Furada, sul de Santa Catarina
Autor(es): Pereira, Renato Colares
Orientador(es): Zanette, Vanilde Citadini
Palavras-chave: Regeneração natural
Fitossociologia
Comunidades vegetais
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Ciências Biológicas da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Resumo: Após a degradação ambiental de uma floresta e quando esta é abandonada, dá-se início à sucessão ecológica secundária, que tende a alterar a composição das espécies da comunidade vegetal, dependendo das condições bióticas e abióticas em que a área se encontra. No presente estudo avaliou-se a vegetação da comunidade secundária de áreas de pastagem abandonadas, localizadas no Parque Estadual da Serra Furada (PAESF), sul de Santa Catarina, Brasil. Foi utilizado o método de parcelas fixas onde foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com altura ≥ 0,2 m em 40 parcelas de 100 m2, divididos em 4 classes de tamanho: C1, (≥ 0,2 e < 1,0 m), C2 (≥ 1,0 e < 3,0 m), C3 (altura ≥ 3,0 m e com DAP < 5 cm) e ( DAP ≥ 5 cm). Das espécies amostradas foram registrados as estratégias de polinização e de dispersão, além dos grupos ecológicos. As três primeiras classes (C1, C2 e C3) foram consideradas como pertencentes ao componente regenerante da comunidade e, a partir destas, foi calculada a regeneração natural total da comunidade. A classe C4 foi tratada como componente adulto, onde foram calculados os valores de densidade, frequência e dominância absolutas e relativas e, a partir destes, o valor de importância. Foi também analisada a distribuição dos indivíduos, segundo estratégias de polinização e dispersão e grupos ecológicos, ao longo das classes de tamanho. Foram amostradas 89 espécies, compreendidas em 39 famílias, sendo uma espécie de samambaia (Monilophyta), uma gimnosperma e as demais angiospermas. As famílias mais ricas foram Myrtaceae, Rubiaceae e Lauraceae com, respectivamente, 10, oito e seis espécies. No componente adulto foram amostradas 44 espécies, sendo Piptocarpha axillaris (Less.) Baker, Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. ex Roem. & Schult., Vernonanthura discolor (Spreng.) H. Rob. e Miconia cabucu Hoehne aquelas que apresentaram os maiores valores de importância, que juntas totalizam mais de 50% do total do valor estimado. O componente regenerante foi o mais rico, com 82 espécies, sendo P. axillaris, M. cabucu, M. coriacea e Myrsine umbellata Mart., as que obtiveram os maiores valores de regeneração natural total e que juntas somaram 38.46% do valor calculado. Para algumas espécies foi possível constatar diferentes padrões de abundância ao longo das classes de tamanho, apontando ao fato de que terão sua representatividade diminuida na futura composição da floresta (e.g. P. axillaris) ou aumentada (e.g. Euterpe edulis Mart.). As estratégias de polinização e de dispersão mais comuns, segundo riqueza e abundancia, foram a zoofilia e a zoocoria, confirmando importância da fauna nas comunidades secundárias da Floresta Ombrófila Densa. Quanto aos grupos ecológicos observou-se dois padrões de riqueza e abundância: um grupo com grande número de indivíduos e poucas espécies (pioneiras e secundárias iniciais) e outro com poucos indivíduos e muitas espécies (secundárias tardias e clímax), corroborando o padrão da dinâmica que ocorre em processos de sucessão ecológica secundária em ambientes florestais. O ambiente estudado se encontra em processo de substituição de espécies, com tendência ao aumento da riqueza e diversidade, aproximando-se de outros ambientes conservados do Parque.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Data da publicação: Jul-2016
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/9204
Aparece nas coleções:Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (CBI Bacharelado)

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