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Título: Formigas em áreas com solo construído após mineração de carvão a céu aberto no extremo sul catarinense, Brasil
Autor(es): Patel, Filipe Machado
Orientador(es): Harter-Marques, Birgit
Palavras-chave: Mirmecofauna
Áreas degradadas pela mineração de carvão
Mata Atlântica
Indicadores biológicos
Formigas
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Ciências Biológicas da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Resumo: O uso de formigas como organismos bioindicadores vem crescendo no Brasil, devido à alta sensibilidade destes organismos a distúrbios ambientais. Este estudo se faz importante para o conhecimento da comunidade de formigas presentes nas áreas com solos construídos e suas funções ecológicas. O estudo teve como objetivo conhecer a mirmecofauna em nível de gênero de três áreas com solo construído e comparar com um remanescente de mata nativa, localizadas ao Sul de Santa Catarina. As áreas de estudo pertencem à Empresa Carbonífera Criciúma e se localizam nos municípios de Treviso (A1 e A2), Lauro Müller (A3) e Siderópolis (A4). As áreas A1, A2 e A3 são áreas em processo de recuperação após mineração de carvão a céu aberto, com estádios sucessionais diferentes: A2 foi revegetada ao mesmo tempo que A1 (ano 2012), porém A2 apresenta solo alagado. A revegetação em A3 teve início em 2010. A construção do solo nas três áreas deu-se pela construção com camadas de argila e matéria orgânica. A área 4 (A4) representa um remanescente florestal em estádio avançado de regeneração natural. Para o processo de amostragem foram utilizadas 15 armadilhas do tipo pitfall em cada área, as quais ficaram expostas em campo por um período de 72 horas/estação do ano, ocorrendo entre março e novembro de 2014. Foram amostrados 20 gêneros, distribuídos em sete subfamilías (Myrmicinae, Ponerinae, Formicinae, Dolichoderinae, Ectatomminae, Dorylinae e Pseudomyrmecinae). Myrmicinae foi a subfamília com maior número de gêneros (nove), seguida por Ponerinae e Formicinae (ambas com três gêneros), Dolichoderinae (dois), Dorylinae, Ectatominae e Pseudomyrmecinae (com apenas um gênero cada). A área A1 apresentou 18 gêneros, seguida por A2 (11), A3 (13) e na A4 com 17 gêneros amostrados. As áreas A2, A3 abrigaram gêneros com características generalistas como Pheidole, Solenopsis, Nylanderia e Linepithema, que apresentam características como ninhos polidomicos, baixa agressividade interespecífica e alta agressividade no consumo de recursos. Tais características permitem grande plasticidade, adaptabilidade e competitividade às condições impostas por estes ambientes. Já as áreas A1 e A4, apresentaram um maior número de gêneros poneromorficos como: Hypoponera, Odontomachus, Pachycondyla e Gnamptogenys. Estes gêneros são predadores generalistas, sendo comuns em ambientes menos impactados ou mais heterogênicos. A presença destes gêneros predadores em A4 já era esperada, enquanto sua ocorrência em A1 deve-se, possivelmente, a uma maior cobertura de solo e desenvolvimento do estrato arbóreo, gerando assim uma maior heterogeneidade nestas áreas, além de possuírem certa proximidade com remanescentes florestais, os quais podem servir como fonte de espécies. Pode-se concluir que a composição dos estratos vegetais influência no estabelecimento da mirmecofauna.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Data da publicação: Jul-2016
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/9193
Aparece nas coleções:Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (CBI Bacharelado)

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