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Título: Influência do sono e da crononutrição nas doenças crônicas não transmissíveis na população de Criciúma - SC
Autor(es): Quadra, Micaela Rabelo
Orientador(es): Meller, Fernanda de Oliveira
Co-orientador: Santos, Leonardo Pozza dos
Palavras-chave: Doenças crônicas não transmissíveis
Sono
Crononutrição
Comportamento alimentar
Ritmo circadiano
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva.
Resumo: Introdução: O aumento na frequência de doenças crônicas não transmissíveis na população faz com que novos fatores associados sejam investigados, dentre eles, o sono e os comportamentos alimentares relacionados ao ciclo circadiano. Objetivo: Avaliar a influência do sono e da crononutrição na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis na população adulta da cidade de Criciúma - Santa Catarina. Metodologia: Estudo transversal de base populacional, desenvolvido com indivíduos de 18 anos ou mais de idade, residentes na área urbana do município de Criciúma. As variáveis de exposição foram duração e qualidade do sono, e a crononutrição avaliada a partir do número de refeições diárias e da realização ou não do café da manhã. As variáveis desfechos foram a prevalência de diabetes mellitus, de hipertensão arterial sistêmica, e da coexistência das duas doenças. Foram considerados como possíveis fatores de confusão as seguintes variáveis: sexo, idade, estado civil, cor da pele, escolaridade, renda, trabalho atual, prática de atividade física e excesso de peso. Análises brutas utilizando-se o teste Qui-quadrado foram realizadas para avaliar a associação entre características sociodemográficas, comportamentais e antropométricas com as doenças crônicas não transmissíveis, o sono e a crononutrição. Regressão de Poisson bruta e ajustada com variância robusta foi utilizada para avaliar as associações entre crononutrição, sono e os desfechos estudados. Para todas as análises, considerou-se o efeito do desenho amostral, utilizando-se o conjunto de comandos “svy” do programa estatístico STATA. O nível de significância utilizado foi de 5%. Resultados: Foram estudados 820 indivíduos. A prevalência de diabetes, hipertensão e da coexistência de ambas foi 19,9%, 44,1% e 14,8%, respectivamente. Indivíduos com pior qualidade do sono tiveram uma prevalência 1,33 vezes maior de diabetes (IC95% 1,01-1,75), e 1,17 vezes maior de hipertensão (IC95% 1,02-1,34), comparados aos que referiram boa qualidade do sono. Aqueles que realizavam quatro ou mais refeições ao dia apresentaram uma prevalência 16% menor de hipertensão (RP: 0,84; IC95% 0,70-0,99), em relação aos indivíduos que realizavam menos de quatro refeições diárias. Conclusão: Sono e crononutrição estiveram relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Pior qualidade do sono foi associada a maiores prevalências de diabetes e hipertensão. Por outro lado, maior número de refeições diárias esteve associada à uma menor prevalência de hipertensão. Tais resultados contribuem para a construção de evidências científicas para uma temática recente na área da epidemiologia nutricional e destacam a importância de ações de saúde pública que abordem novas estratégias para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis, direcionadas na qualidade do sono e nos comportamentos alimentares relacionados à crononutrição.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2021
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/9108
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