Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unesc.net/handle/1/8695
Título: O slow fashion como contraponto na liquidez: consumo de moda na sociedade contemporânea
Autor(es): Casagrande, Viviane de Aguiar
Orientador(es): Brunel, Felipe Kanarek
Palavras-chave: Slow fashion
Consumo de moda
Pós-modernidade
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Bacharel no Curso de Tecnologia em Design de Moda da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Resumo: Vive-se em uma sociedade que tem como característica o consumo desenfreado de moda, visando adquirir peças de preço baixo e baixa qualidade que possam ser descartadas em menor espaço de tempo, como forma de atender o sentimento de satisfação e felicidade. Em contraponto a este movimento fast fashion, surge o movimento slow fashion, mais preocupado com as questões de sustentabilidade. Este trabalho tem como objetivo analisar o slow fashion praticado por marcas de moda no contexto do consumo na moda na pós-modernidade. O problema que se busca resolver é: como o slow fashion se caracteriza enquanto consumo de moda na pós-modernidade? Para tanto esta é uma pesquisa básica, qualitativa e exploratória sobre os movimentos fast fashion e slow fashion, a identidade e o consumo na pós- modernidade. A coleta de dados é bibliográfica e documental. O estudo também analisa duas marcas de moda slow de Santa Catarina: Nathalia Agra e Ro Fumagalli. A análise foi feita a partir de um questionário com questões abertas aplicado com as marcas, bem como dados documentais, nos quais foram analisadas as coleções de ambas as marcas, suas campanhas e também seu material publicitário. A pós-modernidade é entendida como modernidade líquida, marcada pela fluidez e variabilidade, tendo como características a emancipação de homens e mulheres, a individualidade, o tempo e o espaço, o trabalho e a comunidade. O consumo de mercadorias relaciona a felicidade com a busca do prazer no ato de comprar compulsivo, assim como reflete a busca do reconhecimento pela sociedade. O fast fashion tem o propósito de satisfazer o público em geral e se caracteriza pela produção em grande escala, consumo e descarte rápidos, preços acessíveis para produtos de baixa qualidade que duram pouco e levam a compras frequentes. Nessa vida organizada em torno do consumo, tanto o ato de consumir quanto a moda e as relações são efêmeras, características da modernidade líquida. O movimento slow fashion traz uma nova forma de produzir a moda, com ênfase na sustentabilidade, preservando os recursos naturais, incentivando o trabalho manual, valorizando modelos personalizados, peças duráveis produzidas com qualidade em pequenas quantidades. Há uma discussão maior sobre o consumo por impulso e uma estimulação do consumo de peças chaves, dando origem a um novo consumidor, mais preocupado com as questões ecológicas, mais preocupado com o ser do que com o ter. Os resultados da pesquisa e das análises das marcas Nathalia Agra e Ro Fumagalli que se enquadram no slow fashion mostram que há toda uma preocupação com a questão ambiental, operando em escalas menores, respeitando a saúde das pessoas envolvidas na produção, uma mão de obra humanizada, processos artesanais, matéria prima de qualidade, descartes corretos e embalagens ecologicamente corretas, visando preservar o planeta. Na moda, as peças são feitas para durar, para serem guardadas e não descartadas, reduzindo o consumo. Vislumbra-se o slow fashion como uma tendência que veio para ficar e transformar a identidade dos consumidores.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Data da publicação: Jun-2019
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/8695
Aparece nas coleções:Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (TDM)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Viviane de Aguiar Casagrande.pdfTCC6,9 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.