O cuidado da pessoa incapacitada por acidente vascular encefálico no domicílio

Abstract

O cuidado domiciliar está cada vez mais assumindo o papel de direito, que inclui assistir com maior comodidade e menores custos as pessoas com limitações que os impedem de procurar a assistência ambulatorial. Esses cidadãos, normalmente são portadores de doenças crônicas estáveis que, quando adequadamente tratadas, não evoluem para as múltiplas complicações que exigem as internações consecutivas. A Assistência Domiciliar são serviços de saúde versátil que se adapta muito bem às necessidades do portador de múltiplas co-morbidades e de alta dependência, características frequentemente encontradas em pessoas com sequelas por isquemias diversas, entre elas o Acidente Vascular Encefálico, como também entre idosos. A presente pesquisa intitulada o cuidado da pessoa incapacitada por acidente vascular encefálico no domicilio, foi de cunho qualitativo, descritivo e de campo. Teve como objetivo identificar como se organiza o tratamento e o cuidado domiciliar a pessoa acamada e incapacitada por acidente vascular encefálico. Foram definidos como objetivos específicos: caracterização do sujeito da pesquisa quanto a idade, sexo, estado civil, religião, profissão e tempo da doença; caracterizar o acidente vascular encefálico e as formas de tratamento que se possa aplicar a pessoas em recintos domiciliares, após serem acometidos por esta doença; identificar quais necessidades de cuidado domiciliar o paciente acamado e com acidente vascular encefálico, necessita; avaliar as principais necessidades dos pacientes e seus cuidadores com relação à atuação de enfermagem; reconhecer a forma de enfrentamento e o conhecimento do cuidador sobre a pessoa acamada e incapacitada por acidente vascular encefálico; reconhecer quais os serviços disponíveis no sistema de saúde, para atendimento ao paciente e sua família no cuidado domiciliar. Participaram do estudo pessoas acamada e incapacitada por acidente vascular encefálico e sua família ou cuidador, totalizando uma amostra de 15 indivíduos, por definição do próprio pesquisador, através de contato com estratégias de saúde da família, onde foi realizado um levantamento do número de pacientes acamados e incapacitados por acidente vascular encefálico, como também reconhecido o serviço de saúde disponível para o cuidado domiciliar na Unidade Básica de Saúde, por meio de observação sistemática. E a coleta dos dados deu-se por entrevistas semi-estruturadas previamente agendadas no próprio domicilio dos pacientes. Foi desenvolvidas nos meses de março à agosto de 2012. Os resultados mostraram que pessoas acamadas e incapacitada por acidente vascular encefálico, envolvem homens e mulheres, com idade entre 46 e 95 anos e o tempo que estão nesta situação varia de meses a quinze anos. Com isto a necessidade da família ou cuidadores estarem preparados para cuidar. Ressaltamos a importância da atuação da equipe de saúde na busca por melhores condições de vida a esses indivíduos, atuando na reabilitação e na reintegração social dos mesmos. Foi observado que há um déficit de visitas domiciliares e orientações especificas a pessoas acamadas, por toda equipe. E que precisa de planejamento e reorganização de protocolos de visitas domiciliares a pessoas acamadas, como também repasse de informações, ou seja, orientações especificas para o cuidado da pessoa incapacitada por acidente vascular encefálico no domicilio.