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Título: Unidade de terapia intensiva: vivência do enfermeiro na comunicação de más notícias
Autor(es): Ricken, Chayenne
Orientador(es): Comin, Mariana Freitas
Palavras-chave: Comunicação
Más Notícias
Unidade de Terapia Intensiva
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel, no Curso de Enfermagem, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Resumo: Trata-se de um estudo acadêmico cujo objetivo foi conhecer a vivência dos enfermeiros na comunicação de más notícias nas unidades de terapia intensiva em um hospital do extremo sul catarinense. Pesquisa de abordagem qualitativa, descritivo-exploratória e de campo. O estudo foi desenvolvido com sete enfermeiros atuantes nas unidades de terapia intensiva do hospital pesquisado no ano de 2015. Os dados foram analisados por meio da técnica de categorização proposta por Minayo. No perfil dos enfermeiros participantes a idade variou entre 29 e 39 anos, e o tempo de atuação em UTI de 3 meses a 12 anos. Nas respostas da entrevista pode-se perceber que os profissionais consideram a má notícia como uma informação que comprometa negativamente a expectativa de futuro do paciente ou da família, sendo um mau prognóstico ou notícia de óbito. Quanto ao preparo na graduação para a comunicação de más notícias, quatro pesquisados alegaram ter recebido algum preparo, mesmo que superficial. Com relação à capacitação para comunicar más notícias já na vida profissional, quatro profissionais receberam algum tipo de capacitação, porém direcionada a abordagem para doação de órgãos e tecidos. Nos sentimentos vivenciados na realização da primeira comunicação de má notícia destacam-se a ansiedade, o nervosismo, a tristeza e o despreparo. No que diz respeito aos sentimentos atuais com relação à comunicação de notícias sombrias ressaltam-se falas de maior preparo e maior segurança, advinda da vivência prática das situações. Quanto ao processo de comunicação de más notícias na unidade de terapia intensiva, os entrevistados relataram como se desenvolve esta ação em seu cotidiano de trabalho, com narrativas breves de alguns casos que marcaram suas carreiras, facilidades e dificuldades. Há concordância entre estes que a maneira que a notícia é compartilhada afeta a aceitação familiar e a visão do atendimento hospitalar. No que diz respeito à equipe intensivista frente à comunicação de más notícias nota-se o despreparo dos profissionais em geral, visto que alguns não se portam da maneira adequada condizente com a situação, adquirindo uma postura fria ao transmitir a informação. Finalmente, os profissionais fizeram sugestões acerca do tema, que diziam respeito a treinamentos e capacitações. Quando se aborda este tema fica evidente que a comunicação de más notícias ainda é uma área sombria para os profissionais de saúde, seja pelas dificuldades comunicacionais, seja pelo despreparo para tal ou pelos sentimentos e emoções envolvidos neste processo. Através deste estudo percebeu-se que os profissionais de enfermagem são facilitadores da comunicação em saúde, e se fazem presentes em todas as etapas do processo de adoecimento e consequentemente a parcela de profissionais mais acessíveis à família. É de suma importância que novos trabalhos com relação à comunicação de más notícias com enfoque no papel da enfermagem sejam desenvolvidos, e que mais profissionais e utentes sejam ouvidos para se perceber suas visões e a partir dai traçar melhorias na comunicação neste aspecto, visto que esta não fica restrita a UTI, possibilitando que este ato não seja apenas mais uma obrigação profissional, mas um ato de partilha e de humanização.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Data da publicação: Jul-2015
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/8509
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