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Título: Avaliação da amamentação em bebês submetidos à frenotomia lingual
Autor(es): Possamai, Camila Fontanella
Orientador(es): Schäfer, Antônio Augusto
Palavras-chave: Amamentação
Anquiloglossia
Freio lingual
Frenotomia lingual
Lactentes
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva.
Resumo: O aleitamento materno exclusivo é indicado até os seis meses de vida, segundo a Organização Mundial da Saúde. Além de reduzir os óbitos infantis, outros benefícios estão relacionados à amamentação, como proteger a criança de infecções respiratórias e diarreia; reduzir o risco de alergias e doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão arterial sistêmica, hipercolesterolemia e diabetes mellitus, e favorecer a alimentação complementar. O aleitamento materno também tem efeito positivo na inteligência e no desenvolvimento da cavidade oral. Inúmeros fatores influenciam na amamentação, como a resposta do bebê aos estímulos bucais, o selamento dos lábios e a mobilidade da língua. Além disso, a anquiloglossia, que é o frênulo lingual anormal, também pode afetar o aleitamento materno. Seu tratamento consiste em realizar a frenotomia lingual, a qual melhora o aleitamento devido à diminuição do desconforto da mãe durante a amamentação e à melhora do processo de sucção da criança. Diante disso, este trabalho objetivou avaliar a amamentação de crianças com até seis meses de idade que realizaram frenotomia lingual. Foram estudados todos os bebês atendidos em um período de seis meses em um Hospital de Referência da cidade de Içara–SC, totalizando 74 crianças. Foi aplicado um questionário à mãe em dois momentos, antes e após a cirurgia, com informações referentes ao aleitamento materno e a características sociodemográficas, antropométricas e comportamentais. Foram realizadas análises descritivas das variáveis estudadas. Além disso, a associação entre amamentação e as variáveis independentes estudadas foi avaliada através dos testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, utilizando nível de significância em 5%. Para a realização das análises foi utilizado o programa estatístico SPSS versão 23.0. Pode-se observar que a mediana da idade foi de 44,5 dias e que 60,8% eram do sexo masculino. Além disso, verificou-se que 83,8% das crianças eram amamentadas antes da cirurgia e 64,9% após a cirurgia. Antes da cirurgia, 58,1% das crianças pegavam efetivamente a mama de uma só vez, logo após a cirurgia, essa prevalência foi de 83,3% (p=0,015). A respeito de a mãe sentir dor, antes da cirurgia, 75,9% delas respondeu não, enquanto que, após a cirurgia, quase a totalidade delas (95,8%) relatou não sentir essa dor (p=0,004). A maioria das mães referiu melhora na pega (83,3%), aumento no tempo de duração da amamentação (69,0%), melhora na respiração do bebê (75,0%), além de relatar que amamentar tornou-se mais fácil. Além disso, mais da metade delas relatou aumento na frequência da amamentação (51,7%). Em conclusão, verificou-se diminuição da prevalência de aleitamento materno após a frenotomia. Por outro lado, foi observada melhora na pega e na respiração dos bebês e diminuição das dores das mães ao amamentar. Destaca-se a necessidade de implementar ações multidisciplinares tanto na atenção básica quanto na hospitalar com o intuito de auxiliar as mães visando prolongar o tempo da amamentação exclusiva.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2020
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/8120
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