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Título: Insegurança alimentar e fatores associados em crianças atendidas em unidades básicas de saúde da cidade de Criciúma- SC
Autor(es): Silveira, Jayne Fernanda da
Orientador(es): Schäfer, Antônio Augusto
Palavras-chave: Insegurança alimentar
Estado nutricional
Abastecimento de alimentos
Fatores de risco
Crianças
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva.
Resumo: A insegurança alimentar é o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos em qualidade e quantidade suficiente e está relacionada a fatores sociodemográficos, econômicos e nutricionais, como: menor renda e escolaridade, ausência de vínculo empregatício e de saneamento básico, fome, desnutrição e excesso de peso. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de insegurança alimentar e seus fatores associados em crianças atendidas em Unidades Básicas de Saúde da cidade de Criciúma-SC. Trata-se de um estudo transversal, realizado com crianças menores de dez anos de idade atendidas nas Unidades Básicas de Saúde Operária Nova, Mina do Mato, Rio Maina, Pinheirinho, Santa Luzia e Paraíso da cidade de Criciúma-SC. Para avaliar a insegurança alimentar foi aplicada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Além disso, foi aplicado questionário para avaliar as variáveis de exposição sexo, idade, cor da pele, escolaridade dos pais, chefe da família, aglomeração familiar, renda familiar, região em que reside o responsável familiar. Para avaliar o estado nutricional, as crianças foram pesadas e medidas e classificadas, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde, em magreza, eutrofia, sobrepeso e obesidade. Foram realizadas análises bruta e ajustada da associação entre insegurança alimentar e as variáveis de exposição estudadas através dos testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, utilizando o nível de significância de 5%. Para a realização das análises foi utilizado o programa Stata versão 12.1. Observou-se que maioria da amostra (n=82) era do sexo masculino (57,3%), apresentava cor da pele branca (79,3%), e possuía renda de 2 a 3 salários mínimos (56,0%). Cerca de um terço das crianças apresentaram insegurança alimentar leve ou moderada (29,3%), não sendo evidenciadas situações de insegurança alimentar grave. A maior prevalência de insegurança alimentar foi encontrada nos indivíduos de pele não branca (p<0,001) e com renda familiar de até 1 salário mínimo (<0,001). As demais variáveis não mostraram associação com a insegurança alimentar. Em conclusão, pôde-se verificar alta prevalência de IA e de excesso de peso entre as crianças estudadas. Além disso, observou-se que a renda familiar e a cor da pele estiveram associadas à IA desses indivíduos, o que destaca a necessidade de intervenções nas Unidades Básicas de Saúde, visando ampliar os direitos alimentares adequados e atendendo às necessidades essenciais, como educação em saúde, ações de conscientização alimentar. Deve-se ainda repensar em políticas que gerem emprego e renda e, consequentemente, aumento do poder aquisitivo das famílias facilitando maior acesso aos bens de consumo e diminuição de desigualdade social.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2019
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/7483
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