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http://repositorio.unesc.net/handle/1/7474
Título: | O trabalho como fundamento da consciência, da sociabilidade e do fenômeno humano em geral nas obras de Karl Marx e Álvaro Vieira Pinto |
Autor(es): | Almeida, André Scholl de |
Orientador(es): | Mueller, Rafael Rodrigo |
Palavras-chave: | Trabalho Consciência Sociabilidade Marx, Karl, 1818-1883 – Crítica e interpretação Pinto, Álvaro Vieira, 1909-1987 - Crítica e interpretação |
Descrição: | Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico. |
Resumo: | O fenômeno do desenvolvimento jamais significa a total ruptura do presente em relação ao passado. Toda forma histórica determinada das relações sociais certamente apresenta certas determinações que lhe são privativas, que são propriamente as suas especificidades, mas também sempre estão presentes nela elementos de continuidade, certas determinações essenciais que são comuns a diferentes momentos históricos, que ela herda do passado e incorpora. Hegel foi o primeiro pensador a perceber que a história da humanidade é uma totalidade cujos desenvolvimentos são causados não por determinação natural, mas por autodeterminações humanas; mas ele ainda compreende que as modificações da realidade externa são causadas pelos desdobramentos da consciência. Marx, por sua vez, estabelece uma complexa relação de síntese entre Matéria e Ideia, que segundo ele ocorre objetivamente no interior do processo de trabalho. Marx foi o primeiro a perceber que é a atividade produtiva humana que leva às transformações da sociedade, da história e da consciência. Por isso, não se pode compreender adequadamente o fenômeno do desenvolvimento se não se compreende como se estabelecem as relações entre o trabalho e o desenvolvimento da consciência, das relações sociais e do fenômeno da existência humana em geral. Assim, o objetivo de nossa pesquisa bibliográfica de natureza básica é tornar explícita a função desempenhada pelo trabalho na constituição da consciência e da sociabilidade no pensamento Karl Marx e de Álvaro Vieira Pinto. Através de nossa investigação, descobrimos que para ambos os autores o trabalho é a atividade sensível que os seres humanos realizam com a finalidade de produzir os valores de uso de que necessitam para subsistir. Ao entrar em contato com a realidade externa em razão do trabalho que realizam, os seres humanos desenvolvem a sua consciência, que é o reflexo ideal da realidade. Mas como a produção em geral só pode ser realizada cooperativamente, o trabalho leva os indivíduos a tecer relações sociais entre si. Para que a organização do trabalho cooperativo possa ocorrer, os indivíduos desenvolvem também alguma linguagem, que é a consciência que existe externamente, que existe também para os outros. Mas se o trabalho que os indivíduos humanos realizam é o momento decisivo para a manutenção e o desenvolvimento do ser social não é simplesmente porque através dele são produzidos os bens de que os indivíduos carecem. Pelo trabalho, toda a coletividade humana, a sociedade, é alterada. Essa alteração ocorre tanto em sentido objetivo, porque a realidade objetiva e as relações entre os indivíduos são alteradas em alguma medida pelo trabalho, quanto também em sentido ideal, porque essa mudança da realidade objetiva leva a alterações da consciência dos indivíduos que vivem na mesma realidade objetiva e da linguagem que eles utilizam para se comunicar. O trabalho é a única categoria especificamente humana que põe o ser humano em relação com a natureza, e a partir dessa relação se desenvolvem as outras características especificamente humanas, como a consciência e as relações sociais. É através do trabalho, portanto, que a essência humana se desenvolve e humaniza progressivamente. |
Idioma: | Português (Brasil) |
Tipo: | Dissertação |
Data da publicação: | 2018 |
URI: | http://repositorio.unesc.net/handle/1/7474 |
Aparece nas coleções: | Dissertação (PPGDS) |
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