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Título: Consumo abusivo do álcool altera paramêtros dopaminérgicos: abordagem experimental e revisão sistemática
Autor(es): Alexandre, Maria Cecilia Manenti
Orientador(es): Rosa, Maria Inês da
Co-orientador: Rico, Eduardo Pacheco
Palavras-chave: Alcoolismo
Beber em binge
Álcool – Consumo – Efeitos colaterais
Sistema dopaminérgico
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.
Resumo: O consumo do álcool em excesso é considerado um grave problema de saúde, causando danos não somente ao indivíduo adicto, mas também ao ciclo social, familiar e profissional. O consumo abusivo do álcool ocorre de diversas formas, incluindo o binge alcoólico (weekly-binge), no qual consiste em um padrão de consumo caracterizado pela ingestão eventual de doses relativamente altas de álcool seguido de um período de abstinência. Entre as vias de sinalização envolvidas no consumo de álcool encontra-se a via de recompensa dopaminérgica, estimulando a liberação de dopamina. Para mimetizar esses efeitos, o peixe-zebra vem sendo utilizado como modelo animal para estudar os efeitos do álcool no cérebro dos vertebrados devido a uma série de vantagens práticas desta espécie e sua similaridade neural com os humanos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o sistema dopaminérgico envolvido no binge alcoólico no modelo de peixe-zebra e realizar uma revisão sistemática em humanos a fim de avaliar as alterações funcionais da dopamina em indivíduos alcoolistas através do exame tomografia por emissão de pósitrons (PET). Durante a fase experimental, os animais foram expostos ao etanol (1,4% v/v) por 30 minutos, uma vez por semana por três semanas consecutivas. Os grupos foram divididos conforme o tempo de análise após a terceira e última exposição ao etanol, sendo eles: weekly-binge imediato (WB-I), analisado imediatamente após a última exposição, weekly-binge 2 dias (WB-2), após 2 dias e weekly-binge 9 dias (WB-9), após 9 dias. Após esse período, os cérebros foram dissecados e a atividade dos transportadores de dopamina (DATs) foi avaliada utilizando [3H]Dopamina marcada radioativamente. A atividade da monoamina oxidase (MAO) foi verificada por método de fluorescência, utilizando quinuramina como substrato não-seletivo. Foi realizado o método de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) para avaliar os níveis totais de dopamina e noradrenalina. Para a etapa da revisão sistemática foi realizada uma busca a partir das bases de dados utilizando os seguintes termos: "dopamine", “ethanol", “alcohol”, "positron-emission tomography". Os grupos WB-I e WB-2 apresentaram um aumento significativo da atividade dos DATs comparado ao grupo controle. Os resultados demonstram que em relação a MAO os grupos WB-2 e WB-9 mostraram uma redução significativa na atividade da enzima. Nos níveis cerebrais totais de dopamina os grupos WB-2 e WB-9 apresentaram um aumento significativo em relação ao grupo controle. A revisão sistemática permitiu a identificação de 293 estudos e após a leitura dos títulos e resumos 285 foram considerados irrelevantes, pois não preencheram os critérios de inclusão. Para leitura do texto completo, foram analisados 50 estudos, sendo nove estudos incluídos na revisão qualitativa. Quatro estudos apresentaram como resultado a redução na disponibilidade apenas no receptor D2 em diferentes regiões cerebrais. Em relação ao receptor D3 isoladamente apenas um estudo relatou esse achado e quatro estudos relataram diminuição em ambos receptores. Diante disso, o binge foi capaz de promover alterações suscetíveis no sistema dopaminérgico mesmo após dois e nove dias a partir da última exposição ao álcool. Em adição, alterações nos receptores D2 em diversas regiões cerebrais em humanos alcoolistas foram encontradas em uma revisão sistemática.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2018
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/6723
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