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http://repositorio.unesc.net/handle/1/5228
Título: | Transplante de microbiota em modelo experimental murino de enterocolite neonatal |
Autor(es): | Prado, Christian |
Orientador(es): | Pizzol, Felipe Dal |
Palavras-chave: | Enterocolite necrosante Transplante de microbiota fecal Intestinos - Inflamação |
Descrição: | Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. |
Resumo: | A enterocolite necrosante é uma doença grave que acomete neonatos prematuros, provocando necrose parcial ou completa da parede gastrointestinal. Seu tratamento é realizado com antibióticos, nutrição parenteral, suporte avançado de vida, e em parte significante dos casos também cirurgia. A despeito do desenvolvimento tecnológico em terapia intensiva neonatal, persiste causando mortalidade elevada, com até 50% de óbitos nos pacientes que necessitaram de tratamento cirúrgico. A microbiota intestinal tem um papel importante no desenvolvimento da doença, principalmente quando alterada, apresentando predomínio de bactérias patogênicas, ao que é chamado desbiose. Na busca de novas opções de tratamento, foi pesquisado se o transplante de microbiota de um doador saudável adulto previne, ou diminui, a resposta inflamatória em um modelo murino experimental de enterocolite necrosante. O experimento utilizou 71 ratos Wistar, divididos da seguinte forma: um rato adulto doador das fezes para o experimento, 10 ratos controle de 3 dias de vida amamentados por sua progenitora (grupo controle = GC), 20 ratos Sham submetidos a indução de enterocolite necrosante, (grupo sham = GS), 20 ratos que receberam transplante de microbiota antes da indução (transplante de microbiota pré = TMPE) e 20 ratos que receberam o transplante de microbiota após a indução (transplante de microbiota pós = TMPO). A indução da enterocolite seguiu metodologia já descrita, que envolve alimentação por fórmula artificial, hipotermia, hipóxia e administração de endotoxina por via oral. O transplante de microbiota foi realizado através da admistração de 100μL da solução contendo 3x108 células, provenientes das fezes do rato doador adulto. Foram analisados a resposta inflamatória aguda através das dosagens dos níveis de TNF-α, IL-1β e IL-6, a presença de dano oxidativo pelas técnicas de TBARS e carbonil. A presença de dano nitrosativo por Western blotting de 3-nitrotirosina. A avaliação do grau de lesão histológica na mucosa intestinal foi realizada através de escore desenvolvido por Caplan et al. Este escore varia de 0, que equivale a mucosa normal, até 4, o qual representa lesão transmural. O GS teve aumento significativo em relação ao GC dos níveis de TNF-α, IL-1β e IL-6, na atividade da mieloperoxidase e equivalente MDA, e na de dosagem 3-nitrotirosina (p<0,05). O TMPE teve redução significativa em relação ao GS em relação aos níveis de de TNF-α, IL-1β e IL-6 na atividade da mieloperoxidase e equivalente MDA, e na de dosagem 3-nitrotirosina (p<0,05). O TMPO teve redução significativa em relação ao GS em relação aos níveis de IL-6 , equivalente MDA, e na de dosagem 3-nitrotirosina (p<0,05). Não houve variação significativa entre os grupos em relação a carbonilação de proteínas. No escore histológico de lesão intestinal, o GS apresentou valores maiores que os outros grupos, variando entre 1 e 3 (p<0,05). Os espécimes do GC, TMPE e TMPO apresentaram predominantemente escore 0, equivalente a mucosa normal, desta forma, sem diferença significativa entre si. O transplante de microbiota apresentou potencial terapêutico para o tratamento de enterocolite necrosante, principalmente na prevenção, quando realizada precocemente, no modelo experimental de indução da doença. |
Idioma: | Português (Brasil) |
Tipo: | Dissertação |
Data da publicação: | 2017 |
URI: | http://repositorio.unesc.net/handle/1/5228 |
Aparece nas coleções: | Dissertação (PPGCS) |
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