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Título: A apropriação do espaço escolar: um estudo de caso em uma pré-escola de Balneário Camboriú, Santa Catarina
Autor(es): Martins, Rudnei Joaquim
Orientador(es): Gonçalves, Teresinha Maria
Palavras-chave: Apropriação do espaço
Psicologia ambiental
Pré-escolares
Aspectos educacionais do ambiente escolar
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais.
Resumo: A Psicologia Ambiental busca entender a relação do ser humano com o espaço em que vive. Para configurar se o espaço foi apropriado, podem-se observar elementos que confirmam o processo de apropriação do espaço: a identificação, o sentimento de pertença, a personificação, a cultivação e o sentimento de defesa. Quando se trata do espaço escolar, a apropriação do mesmo possui efeitos psicológicos e pedagógicos. O objeto desta a pesquisa é o processo de apropriação do espaço escolar na pré-escola Núcleo de Educação Infantil (NEI) “Meu Primeiro Passo”, pois as espacialidades deste estabelecimento de ensino poderiam não estar contribuindo para o pleno desenvolvimento das crianças. Para este estudo, têm-se como objetivo geral compreender o processo de apropriação do espaço escolar na pré-escola por crianças de 4 a 6 anos, identificando os modos e os sinais que comprovam a apropriação do espaço pelas crianças, e a percepção de duas educadoras têm em relação às espacialidades do NEI. O método escolhido foi o estudo de caso, onde o coletivo da pesquisa foram os alunos do Núcleo de Educação Infantil (NEI) “Meu Primeiro Passo”, uma professora e uma auxiliar, totalizando 110 sujeitos. A pesquisa de campo ocorreu por dados coletados por meio de observações sistemáticas, desenhos, colagens, inventário fotográfico e entrevistas semiestruturadas. Primeiramente foram definidos os espaços aos quais as crianças têm acesso (parquinho, quadra, sala de aula, área coberta, refeitório e corredor). Na sequencia, para confirmar a apropriação, foi solicitado às crianças que desenhassem o espaço que mais gostam. Em outra atividade, foi pedido para as crianças que realizassem a colagem, em ordem de preferência, das figuras que representavam os espaços do NEI. As colagens foram valoradas e calculadas estatisticamente para a obtenção das médias. Como resultado, o parquinho aparece como o espaço preferido com cinquenta e dois desenhos, 48% do universo pesquisado. Este resultado foi corroborado com a atividade de colagens das figuras, com a obtenção da melhor média, 5,13. Em segundo, a quadra esportiva, com trinta e quatro desenhos, 31,48% e 3,94 de média nas colagens. A sala de aula ficou em terceiro lugar na preferência, 12,96% dos desenhos e 3,40 de média das colagens. O refeitório foi citado como o espaço preferido em apenas cinco desenhos, 4,62%, a área coberta foi citada em dois desenhos, 1,85% e o corredor, que também é o hall do núcleo, foi citado em um único desenho, 0,92%. Os três últimos espaços citados obtiveram quase a mesma preferência na atividade de colagens das figuras, com médias de 2,83 (refeitório), 2,84 (área coberta) e 2,86 (corredor). Todos os desenhos confirmam a apropriação dos espaços do NEI, contudo esta apropriação é singular e diferente para cada criança. Os desenhos também foram analisados seguindo os conceitos da Psicologia Ambiental e as Referencias Bibliográficas Pesquisadas. Como conclusão, observou-se que a criança facilmente se apropria do espaço onde está, em maior ou menor intensidade, dependendo da liberdade que tem no espaço; os espaços preferidos foram o parquinho, a quadra e a sala de aula. A área coberta, o refeitório e o corredor são espaços importantes e transitórios, estes são apropriados de forma diferente. O NEI Meu Primeiro Passo possui poucos mobiliários lúdicos e o seu espaço físico é bastante limitado, porém esta percepção não foi passada nos desenhos das crianças e nas colagens. No entanto, essa percepção foi demonstrada pela professora e pela monitora, em suas entrevistas. Para as crianças, o fator que é mais determinante é a liberdade de agir, as experiências vivenciadas, as atividades realizadas e, principalmente, a afetividade dos profissionais que atuam diretamente com elas.
Environmental Psychology seeks to understand the relationship of humans with the living space. To configure the appropriation of space, five elements that support this appropriation can be observed. These elements are identification, a sense of belonging, the embodiment, the cultivation and the feeling of defense. When it comes to the appropriation of the school spaces, pedagogical and psychological effects can also be observed. The object of this study was the process of space appropriation in the preschool Núcleo de Educação Infantil (Center for Early Childhood Education; NEI) "Meu Primeiro Passo" in Balneário Camboriú, Santa Catarina, Brazil, which has a very restricted area which may not contribute to the full development of its students. The objective was to understand the ways in which the 4-to-6- year-old children appropriated the spaces, identifying and analyzing the signals ofpersonification and cultivation of space by the students, as well as the perceptions of students,one teacher and one monitor in relation to the spatiality of the school. The method chosen forthis research was case study, and involved all students of the preschool, a teacher and an aide,with a total of 110 subjects. In the field research, data was collected through systematic observations, drawings, collages, photographic inventory and semi-structured interviews. The spaces the children have access were determined (playground, sports court, classroom, covered hall, cafeteria and corridor. As the first activity, the children were asked to draw the space they liked the most. The second activity involved the collage of figures that represented the spaces of the preschool, also in the order of preference. Each collage was given a value, which was higher for the most liked space, and lower for the least liked space, and the average and other statistics were then obtained. To confirm the appropriation of the spaces, children were asked to draw the space they liked the most. As a result, the playground was the space that came first as favorite appearing in fifty-two drawings, 48% of the researched subjects. The collages corroborate these results, with the higher average, 5.13. The second preference was the sports court, with thirty-four drawings, corresponding to 31.48%, and 3.94 as the average in the collages. The classroom was the space that emerged as third in preference with 12.96% of the drawings and 3.40 as the average in the collages. The cafeteria was the preferred space in only five drawings, i.e. 4.62%. The covered area was cited in only two drawings representing 1.85% of the drawings, and the corridor, which also serves as the school´s lobby, was quoted in a single drawing representing 0.92%. The collage of pictures o these three spaces resulted in the averages of 2.83 (cafeteria), 2.84 (covered hall) and 2.86 (corridor). All drawings confirmed the appropriation of the spaces in the preschool; however, this appropriation is unique and different for each child. The drawings were also analyzed following the concepts of Psychology and Environmental Psychology and the models drawn from the literature. In conclusion, we observed that the child easily appropriates the space where it is, to a greater or lesser extent, depending on the freedom it has in a particular space; the favorite spaces were the playground, the court and the classroom. The covered hall, the cafeteria and the corridor are transitory spaces, although important, and are appropriated in a different fashion. The preschool has little ludicrous objects, besides having a very limited space; however this perception was not confirmed by the drawings and the collages. On the other hand, both the teacher and the monitor that participated in the study conveyed this impression in their interviews. It seems, therefore, that the most important element for the children is their freedom in the spaces, the experiences they have in each space, and foremost, the affectivity demonstrated by the professionals that work directly with them in the school.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: Jul-2012
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/521
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