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Título: Estudo de mecanismos biogeoquímicos em ambientes estuarinos: o uso da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) na identificação do herbicida Imazetapir em amostras de água e sedimentos aquáticos
Autor(es): Scussel, Rahisa
Orientador(es): Menezes, Carlyle Torres Bezerra de
Palavras-chave: Poluição hídrica
Herbicidas
Agrotóxicos
Cromatografia
Sedimentos fluviais
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel, no Curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Resumo: Dado o atual contexto de exploração dos recursos hídricos, a poluição dos ambientes aquáticos tornou-se acentuada. O ambiente aquático mais frágil neste sentido é o ambiente estuarino. Isso porque os estuários são importantes conexões de águas doces e salgadas, provedores de nutrientes para toda a cadeia alimentar marinha. Neste sentido este trabalho procura investigar os mecanismos biogeoquímicos atuantes nestes ambientes, e a forma como o herbicida Imazetapir contribui para poluição ambiental de ambientes aquáticos estuarinos e também de que forma a presença de outros poluentes, como metais pesados, podem contribuir para os potenciais efeitos sinérgicos capazes de perturbar estes mecanismos. Os estuários em estudo foram o estuário do Rio Araranguá, em Araranguá - SC, e o estuário do Rio Urussanga, em Jaguaruna - SC. A avaliação foi realizada através da coleta de amostras de água e sedimento destes estuários. As amostras do estuário do rio Urussanga foram analisadas a presença de metais e parâmetros físico-químicos e também, assim como as amostras do estuário do Rio Araranguá, analisadas quanto à presença do herbicida Imazetapir, por meio da microextração líquido-líquido - LLME para pré-concentração do analito, seguido pela análise por cromatografia líquida de alta eficiência. Assim, validou-se método cromatográfico de acordo com a Res. ANVISA nº 899 de 2003, obtendo-se coeficiente de correlação 0,99, limite de detecção 0,011082 μg e limite de quantificação de 0,03694 μg. A exatidão do método variou de 54 a 96%, o método tem boa precisão, para repetitividade, com desvio padrão relativo (RSD) entre 1,8 a 7%. Na amostra de água do estuário do Rio Urussanga, coletada em abril, foi quantificada 38,917 mgL-1 de Imazetapir, a concentração no sedimento, 54,9 mgL-1, o que comprova o efeito de sorção e co-precipitação do herbicida. Para as amostras do estuário do Rio Araranguá, coletadas em fevereiro, março e abril, os valores da concentração em água no mês de março, 25,917 mgL-1, mais elevados em relação ao mês de fevereiro, 4,433 mgL-1, e abril 4,417 mgL-1 dão indício de maior contribuição de efluentes contaminados de Imazetapir neste mês, muito provavelmente relacionado ao período de aplicação e persistência destes em água e solo. Nas amostras de água e sedimento do estuário do Rio Urussanga a concentração em Fe total foi igual 2,68 mgL-1 e Mn igual 0,20 mgL-1 demonstram que a concentração destes estão em desacordo com a VMP da Resolução CONAMA nº 357 de 2005, evidenciando aspectos de poluição ambiental, sendo que o pH encontrado igual a 5,2 favorece a solubilização destes metais e do herbicida, podendo ter efeitos sinérgicos, formando complexos metal-composto orgânico e acarretar um efeito tóxico mais adverso. O mesmo se constata para o sedimento, porém em concentrações superiores: Fe 57650 mgL-1, Mn 556,6 mgL-1 e 54,9 mgL-1 de Imazetapir. Os estudos realizados com o uso de métodos screening, tais como o CLAE, demonstraram um bom potencial de confiabilidade e possibilidade de investigação de concentrações muito baixas, o que aliado ao monitoramento utilizando-se bioindicadores, poderá contribuir de forma efetiva para programas de manutenção e monitoramento da qualidade ambiental.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Data da publicação: Jun-2016
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/4735
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