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Título: Vegetação arbórea e arborescente em diferentes estágios sucessionais na bacia hidrográfica do rio Urussanga, Santa Catarina, Brasil
Autor(es): Martins, Humberto de Bona
Orientador(es): Citadini-Zanette, Vanilde
Palavras-chave: Levantamento florístico – Urussanga, Rio, Bacia (SC)
Matas ripárias
Áreas degradadas pela mineração – Recuperação
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais.
Resumo: Aproximadamente um terço do território de Santa Catarina é coberto por remanescentes florestais, restritos muitas vezes a fragmentos menores que 50 hectares. Esta situação é agravada pela qualidade destes fragmentos que, com apenas 5% de florestas primárias, encontram-se em progressivo processo de sucessão. Na região sul do Brasil se concentram as maiores e principais reservas carboníferas do país. A explotação do carvão mineral praticada em épocas passadas no sul do estado de Santa Catarina deixou enorme passivo ambiental, com efeitos agravados pela poluição das águas, do solo e do ar. Em Urussanga, a maioria dos rios que atravessa o município, sofreu os efeitos da poluição afetando tanto a qualidade das águas como a vegetação de entorno. Este estudo se propôs a realizar levantamento florístico e estrutural da mata ciliar ao longo da bacia hidrográfica do rio Urussanga, considerando os diferentes estágios sucessionais da vegetação. Foi utilizado o método de parcelas distribuídas ao longo dos rios Maior (14 parcelas), Carvão (14), América (4), Deserto (8), Caeté (6), Salto (8) e Urussanga (4) que atravessam o município de Urussanga. Foram traçadas em cada ponto de amostragem duas parcelas de 10 m x 10 m, sendo a primeira distante um metro da margem do rio e a segunda distante 10 m a partir do final da primeira parcela, para registro dos indivíduos arbóreos e arborescentes com diâmetro a altura do peito (DAP) maior ou igual a 5 cm. Visando o levantamento do componente regenerante da floresta, cada parcela de 10 x 10 m foi dividida em 25 subparcelas de 2 m x 2 m, sendo cinco destas selecionadas por sorteio e amostrados os indivíduos com altura entre 0,2 m e DAP < 5 cm . Para a caracterização dos estágios sucessionais, propostos para este estudo, considerou-se a soma da densidade relativa das espécies de início de sucessão (pioneiras e secundárias iniciais) presentes nas duas parcelas amostradas : quando superior a 60%, as unidades amostrais foram consideradas em estágio inicial de sucessão ecológica (INI); entre 30% e 60% em estágio médio (MED) e inferior a 30% consideradas em estágio avançado de sucessão ecológica (AVA). Para comprovar a validade da classificação das unidades amostrais, foi realizada Análise de Variância Multivariada Permutacional (100000 permutações), considerando como fator preditivo os três estágios de sucessão propostos e a matriz de espécies/unidades amostrais; como fonte de variação secundária foi utilizada a distância da margem do rio. Para indicação de espécies potenciais para recuperação de áreas degradadas foi criado um índice potencial para recuperação, produzindo-se uma matriz onde o numeral 1 representa as características menos favoráveis para restauração e 2 as mais favoráveis, elencando-se quatro fatores: velocidade de crescimento da planta, dimensão da copa, densidade foliar e persistência das folhas na planta. Foram amostradas 60 espécies no estágio INI, 86 no MED e 73 no AVA, estando representadas pelos maiores valores de importância, por estágio sucessional, Alchorneatriplinervia (Spreng.) Müll. Arg., Hieronyma alchorneoides Allemão, Euterpe edulis Mart., respectivamente. Houve diferença significativa entre os estágios sucessionais, ocorrendo maior diferenciação entre os estágios médio e avançado. A composição da comunidade não foi afetada pela distância da margem do corpo d'água (fator distância do rio) possivelmente por não sofrer influência de inundações periódicas, pois os rios se apresentam encaixados.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2016
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/4338
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