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Título: Acesso de usuários da rede municipal de saúde aos medicamentos prescritos
Autor(es): Bosse, Tamara Simão
Orientador(es): Becker, Indianara Reynaud Toreti
Palavras-chave: Assistência farmacêutica
Prescrição de medicamentos
Acesso a medicamentos
Dispensação de medicamentos
Descrição: Monografia apresentada ao Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica / Saúde Coletiva da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, para a obtenção do título de Especialista na Modalidade de Residência Multiprofissional em Atenção Básica / Saúde da Família.
Resumo: Este estudo teve como objetivo verificar se os usuários do Sistema Municipal de Saúde de Criciúma têm acesso aos medicamentos prescritos em Unidades de Saúde, bem como as justificativas e orientações disponibilizadas pelos profissionais em casos de indisponibilidade de medicamentos. A pesquisa foi realizada no período de fevereiro a junho de 2012 nas cinco regionais de saúde e em três unidades de saúde de cada regional escolhidas aleatoriamente, totalizando 20 unidades. Foram entrevistados 30 usuários por unidade. Além da entrevista estruturada, foi realizada análise das prescrições e observação do processo de dispensação de medicamentos, incluindo as justificativas apresentadas ao usuário em casos de indisponibilidade de medicamentos. Foram apresentadas 739 prescrições com média de 1,2 prescrições por pessoa. Das prescrições, 66,8% era para uso próprio, 32,3% pertenciam a outro usuário e 0,83% para ambos. Ao todo foram prescritos 1241 medicamentos, sendo em média 2,07 medicamentos por prescrição. Destes, 77,4% foram prescritos pelo nome genérico. Diferentes profissionais realizam a dispensação de medicamentos e em 54,67% dos casos esta atividade foi realizada pelo técnico de enfermagem, seguido de 11,33% pelo enfermeiro e 10,50% pelo farmacêutico. Os agentes comunitários de saúde realizaram 9,83% das dispensações observadas. Do total de medicamentos prescritos, 46,2% não estava disponível. Destes, 243 eram medicamentos não padronizados pela RENAME. Para as situações em que o medicamento não estava disponível, 43,3% das justificativas apresentadas pelos profissionais foram incorretas. Em 61,1% dos casos o paciente não recebeu nenhum encaminhamento sobre como poderia ter acesso ao medicamento prescrito, sendo que destes, 80,3% teriam acesso ao medicamento se encaminhados a outro serviço de saúde da rede municipal. Dos entrevistados que receberam algum encaminhamento, 8,3% a informação repassada foi inadequada, ou seja o paciente foi orientado a procurar pelo medicamento em local que não teria disponibilidade do mesmo.Os resultados apontam para a existência de dificuldades de acesso aos medicamentos. Dentre as situações que dificultam o acesso, além da indisponibilidade do medicamento por falhas no gerenciamento dos estoques, pode-se verificar a existência de medicamentos prescritos fora da padronização e desinformação, por parte dos profissionais de saúde sobre os medicamentos disponibilizados e organização da Assistência Farmacêutica municipal.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Monografia de Curso de Pós-graduação Lato Sensu
Data da publicação: 2012
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/1566
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