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Título: O choque sub-eletroconvulsivo protege camundongos de convulsões induzidas por eletrochoque via receptores de adenosina e NMDA
Autor(es): Carvalho, Carlos Alberto de
Orientador(es): Boeck, Carina Rodrigues
Palavras-chave: Eletrochoque
Eletroterapia
Adenosina
Anticonvulsivos
Epilepsia
Convulsões
Descrição: Dissertação apresentada ao curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito à obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.
Resumo: A estimulação eletroconvulsiva (ECS) aplicada experimentalmente em animais é largamente utilizada como um modelo de estudo para a terapia eletroconvulsiva. O uso de um pré-tratamento com os anticonvulsivos aumenta o limiar de convulsão induzido por choque ECS em modelo animal, demonstrando que o efeito do ECS pode ser modulado. Porém, as modificações que este modelo de convulsão causa entre os vários sistemas de neurotransmissores não são conhecidas. Há uma ampla evidência do envolvimento do neurotransmissor glutamato em crises epilépticas. A adenosina, importante neuromodulador do sistema nervoso central, exerce principalmente efeitos inibitórios através dos receptores A1, resultando em efeitos sedativos, anticonvulsivos e neuroprotetores, através de mecanismos de inibição da excitabilidade glutamatérgica. Ou seja, a adenosina é um importante modulador da atividade glutamatérgica, inibindo a liberação pré-sináptica e ação póssináptica do glutamato. No presente trabalho foi avaliado o efeito do choque sub-eletroconvulsivo (sub-ECS) aplicado em diferentes tempos antes do ECS no comportamento convulsivo e na locomoção de camundongos. Também foi investigada a possível participação dos receptores adenosinérgicos e glutamatérgicos do tipo NMDA no efeito do sub-ECS a partir da administração dos antagonistas, cafeína e MK- 801, respectivamente. Os camundongos CF-1 machos albinos (60 dias, 30-40 g) receberam choques sub-convulsivos e/ou convulsivos em diferentes intervalos de tempo, de acordo com os grupos: controle (sham), sub-ECS, ECS, sub-ECS + ECS 30 min, 4h, 8h, 24h, 48h ou 72h. Os animais foram pré-tratados com injeções intraperitoniais de solução salina (NaCl 0,9g%), 30 mg de cafeína/kg ou 0,25 mg/kg de MK-801 de animal 30min antes da aplicação do sub-ECS. O comportamento convulsivo (extensão tônica de 180° das patas traseiras) e a atividade locomotora dos camundongos foram avaliados. A aplicação do sub-ECS com 4h a 48h de intervalo entre a aplicação do ECS reduziu em de 72,7% a 90,9% o número de animais com convulsões após o ECS, efeito esse bloqueado por cafeína quando os intervalos entre sub-ECS e ECS foram maiores que 8h. O MK-801, ao contrário, só não bloqueou o efeito protetor do sub-ECS no intervalo de 30min entre o ECS. A associação dos choques sub-ECS e ECS induziu hipolocomoção nos animais quando eles foram avaliados 2h após o ECS. A cafeína não foi capaz de alterar esse efeito comportamental, mas o MK-801 bloqueou a hipolocomoção da induzida pela aplicação dos choques nos intervalos de 30min, 24h e 48h. O presente estudo demonstra o efeito protetor do sub-ECS contra convulsões induzidas pelo ECS, com possível participação do sistema de neurotransmissão glutamatérgica e de modulação adenosinérgica.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2012
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/1212
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