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Título: Violência de gênero contra mulheres trans e travestis: experiências de vida e demandas na assistência em saúde em um município do sul catarinense
Autor(es): Lucrécio, Luana Irizaga
Orientador(es): Pavei, Susane Raquel Périco
Palavras-chave: Violência de gênero
Pessoas transgênero
Travestilidade
Serviços de Saúde
Enfermagem
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de bacharelado no curso de enfermagem da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Resumo: Introdução: A violência de gênero é uma realidade persistente que afeta de forma desproporcional mulheres trans e travestis, sendo legitimada pelas normativas binárias de gênero que excluem identidades dissidentes. Essa população sofre profundamente os efeitos associados da misoginia e transfobia, impactando diretamente em todas as esferas sociais. Diante dessa realidade, esta pesquisa objetivou compreender as manifestações da violência de gênero sofridas por mulheres trans e travestis, bem como os impactos dessas violências no acesso e na permanência dessa população nos serviços de saúde pública. Objetivo: Analisar de que forma a violência de gênero se manifesta na vivência de mulheres trans e travestis em um município do sul catarinense, investigando suas experiências e demandas relacionadas à assistência em saúde. Método: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 17 participantes, sendo estas 11 mulheres trans e 6 travestis no período de abril a maio de 2025. Resultados: As características sociodemográficas evidenciaram a predominância de mulheres trans e travestis jovens, com faixa etária entre 18 a 30 anos (82,4%), brancas (70,6%) e tendo a prostituição como principal fonte de renda (100%). A pesquisa revelou que as manifestações de violência mais frequentes são as agressões verbais (88,2%), psicológicas (58,8%) e físicas (58,8%). Também foram relatados episódios de violência institucional nos espaços de saúde (23,5%). Em relação ao atendimento nos serviços de saúde do município, 61,5% das entrevistadas o classificaram como insatisfatório, e 53,8% afirmaram que não havia profissionais qualificados para atendê-las. Entre os principais obstáculos apontados estão a ausência de capacitação profissional (88,2%), a falta de acolhimento (41,2%) e experiências anteriores de transfobia (29,4%). Além disso, foram relatados sintomas de ansiedade (64,7%), depressão (52,9%) e uso de drogas ilícitas (52,9%). As participantes demonstraram uma percepção unânime (100%) de que não existem serviços adequados de saúde mental no município para pessoas trans, evidenciando fragilidades institucionais na atenção psicossocial. Como sugestões, destaca-se a formação contínua dos profissionais de saúde e melhorias para o acolhimento de enfermagem.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Data da publicação: Jul-2025
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/11989
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