Práticas pedagógicas e contribuições para inclusão da alunos com transtorno de espectro autista (TEA) na escola regular: uma análise de dissertações no Brasil de 2017 a 2022

Abstract

A inclusão de pessoas com deficiências e transtornos mentais sempre foi um grande problema em todas as sociedades humanas; no que diz respeito ao acesso à educação, a situação não é diferente. Os estudantes da educação básica (crianças e adolescentes) com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são algumas das principais vítimas desse problema socioeducacional, uma vez que, por um lado, sua condição lhes impossibilita em algumas questões cognitivas, por outro, não havia, até poucos anos, nenhuma iniciativa para romper as barreiras da exclusão. Na presente pesquisa, partimos do ponto de que a inclusão de estudantes com TEA foi iniciada, por isso precisamos saber como ela tem sido efetivada, e também se as práticas pedagógicas utilizadas pelos docentes têm sido adequadas para lidar com todos os discentes, o que foi buscado nas dissertações produzidas sobre o assunto nos Programas de Pós-Graduação em Educação, mais especificamente nos mestrados. Porém, para isso, precisamos entender, inicialmente, como a exclusão histórica dos estudantes ainda se apresenta no cotidiano das escolas brasileiras contemporâneas, por isso buscamos construir um esboço de teoria que possibilitasse o entendimento dessa questão. O passo seguinte foi selecionar dissertações, o que fizemos com a utilização da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD).Feito isso, tomamos os trabalhos de dissertação dos mestrados em educação e os submetemos à análise dos principais problemas e perspectivas apresentados pelas pesquisadoras responsáveis por eles. Em capítulo especial, resumimos os trabalhos que foram selecionados com base em nossa metodologia. Após isso, procedemos à construção de categorias com base no material coletado. A construção das categorias nos permitiu analisar os materiais de forma mais abrangente, levando-nos a constatações mais precisas a respeito da inclusão de discentes com TEA na educação básica nacional, como a delegação da atividade docente.