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http://repositorio.unesc.net/handle/1/11749
Título: | Efeito da suplementação com probióticos em indivíduos idosos com declínio cognitivo leve e Doença de Alzheimer residentes no sul do Brasil |
Autor(es): | Medeiros, Eduarda Behenck |
Orientador(es): | Budni, Josiane |
Co-orientador: | Walss-Bass, Consuelo |
Palavras-chave: | Probióticos – Uso terapêutico Probióticos – Efeito fisiológico Memória Inflamação Disfunção cognitiva Alzheimer, Doença de |
Descrição: | Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde. |
Resumo: | O envelhecimento populacional está em ascensão, trazendo consigo mudanças associadas à senescência ou à senilidade. Entre os órgãos e sistemas mais afetados por esse processo, o sistema nervoso central (SNC) destaca-se como um dos principais, devido à sua vulnerabilidade às alterações funcionais e estruturais associadas ao envelhecimento. Com isso, capacidades funcionais declinam progressivamente, há alteração da capacidade cognitiva e memória. Somado a isso, a doença de Alzheimer (DA) é a demência que mais acomete a população de idosos, e o seu diagnóstico pode em muitos casos ser precedido pelo Declínio Cognitivo Leve (DCL). Além das alterações perceptíveis, há também as alterações que acometem diretamente o SNC, como aumento dos níveis das citocinas pró-inflamatórias, disfunção microglial e morte neuronal. O processo inflamatório relacionado ao envelhecimento é bem descrito, mas nos últimos anos vem se buscando compreender melhor a relação da disbiose, e consequente alteração da microbiota intestinal com essas alterações a nível de SNC no envelhecimento. Somado a essa hipótese os probióticos estão ganhando força como uma estratégia terapêutica. A partir disso, este estudo teve como objetivo a avaliação do efeito dos probióticos nos parâmetros cognitivos, inflamatórios e neurotróficos em idosos controles, com DCL e DA. Para sua execução, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob nº 7.041.292, e registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC) sob o número RBR-9gccx5c. A pesquisa foi realizada com indivíduos com idade ≥60 anos, de ambos os sexos, residentes em instituições de longa permanência, com diagnóstico clínico de DCL ou DA, ou ausência deles para compor o grupo controle. No primeiro momento, também denominado tempo 1 (T1), foi aplicado questionário sociodemográfico, testes cognitivos e coleta de material biológico. Após isso, os idosos foram randomizados de forma aleatória recebendo cápsulas de placebo ou blend de probióticos. Após 12 semanas de tratamento todos, tempo 2 (T2), os testes foram repetidos, possibilitando assim um comparativo entre o pré- e pós-tratamento. A amostra foi composta por 53 indivíduos (16 controles, 18 DCL e 19 DA). Os idosos do grupo DA foram significativamente mais velhos, e houve uma homogeneidade entre os sexos. Quando comparado os resultados dos testes cognitivos aplicados (Miniexame do estado mental (MEEM), teste do desenho do relógio (TDR) e teste de fluência verbal (TFV) os idosos do grupo controle apresentaram escores mais altos e significativamente melhores do que os idosos com DCL ou DA. Nas análises de modelos lineares mistos a maior parte dos achados significativos se relacionou com a diferença de tempo, ou seja, T1 e T2, sem influência do tratamento. Foi observado então um aumento de IL-1β, IL-6, TGF-β e uma diminuição de IL-4, IL-10, e BDNF quando comparado T1 com T2. Nas análises dos níveis da citocina TNF-α, e das neurotrofinas GDNF e NGF houve uma interação entre as variáveis tempo e tratamento, sendo em TNF-α e GDNF um aumento dos níveis desses marcadores no grupo controle suplementado com probiótico e em NGF a diferença esteve presente no grupo DCL. Com os resultados do presente estudo é possível concluir que o tempo possui influência nas alterações chaves do envelhecimento, e em alguns casos como das neurotrofinas, GDNF e NGF, o probiótico teve uma tendência a elevar seus níveis. No entanto, a heterogeneidade entre os indivíduos e a necessidade de mais pesquisas limitam as conclusões definitivas. Os resultados destacam a importância de estudos personalizados para explorar o papel da microbiota intestinal na saúde cerebral. |
Idioma: | Português (Brasil) |
Tipo: | Tese |
Data da publicação: | 2025 |
URI: | http://repositorio.unesc.net/handle/1/11749 |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGCS) |
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