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Título: Variação vertical nos padrões de interações entre morcegos frugíveros (CHiroptera: Phyllostomidae) e plantas, em ambiente de Mata Atlântica, no sul do Brasil
Autor(es): Supi, Karolaine Porto
Orientador(es): Carvalho, Fernando
Co-orientador: Zanata, Thais Bastos
Palavras-chave: Relação animal-planta
Morcegos
Quirópteros
Animais frugívoros
Sementes - Dispersão.
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Ciências Ambientais.
Resumo: O conhecimento sobre as interações entre morcegos e plantas em florestas tropicais e subtropicais está restrito a dados coletados no sub-bosque. Neste contexto, buscamos avaliar a similaridade e dissimilaridade na assembleia de morcegos frugívoros, plantas e suas interações em redes de dispersão de sementes ao longo de diferentes estratos florestais, em um ambiente conservado de Mata Atlântica. O estudo foi realizado na Reserva Particular do Patrimônio Natural Salto Morato (RNSM), situada no município de Guaraqueçaba, Paraná. Foram realizadas amostragens mensalmente entre setembro de 2013 e agosto de 2014. Em cada noite foram instaladas 18 redes de neblina, seis redes em cada estrato florestal (sub-bosque, sub-dossel e dossel). Para determinação das interações, coletamos amostras de fezes dos animais capturados, sendo as sementes triadas e identificadas ao menor nível taxonômico possível. Para analisar a ocorrência de variação na estrutura das redes, compilamos as interações registradas entre morcegos frugívoros e plantas em matrizes ponderadas para cada estrato florestal, assim como, para os três estratos unificados. Para descrever a estrutura das redes, utilizamos sete métricas: tamanho da rede, número de interações, assimetria da rede, conectância (C), especialização (H2’), aninhamento (WNODF) e modularidade (Qw). Também calculamos métricas em nível de espécie: grau normalizado, especialização (d’) e força de interação. Para avaliar diferença nas métricas em nível de espécie, utilizamos o teste de ANOVA ou Kruskal-Wallis, dependendo da distribuição das variáveis resposta. Em seguida, para determinar se houve diferença nas métricas entre os estratos, realizamos comparações múltiplas com o teste post-hoc de Tukey ou Dunn Test. Para identificar dissimilaridades nas interações entre os estratos, calculamos a diversidade beta de interações. Adicionalmente, para avaliar a completude da amostragem, utilizamos o estimador Chao1. A rede do dossel apresentou menor tamanho, número de interações e conectância e maior especialização e modularidade quando comparada às redes do sub-dossel e sub-bosque. Por sua vez, a rede do sub-bosque apresentou maior tamanho, número de interações, assimetria e aninhamento, quando comparada ao dossel e sub-dossel. A rede unificando os três estratos teve maior tamanho e número de interações e apresentou valores intermediários de conectância, especialização, aninhamento e modularidade. Para as métricas em nível de espécie, não houve diferença para os morcegos. Entretanto, para as plantas, o nível de especialização variou entre os estratos. Para a diversidade beta de interações, todas as comparações de pares mostraram alta dissimilaridade de interação. No entanto, comparações entre estratos superiores, apresentaram menor dissimilaridade, quando comparados ao estrato inferior. Nossos resultados indicam que amostragens restritas a uma unidade espacial, como por exemplo, ao sub-bosque, representam apenas uma parcela dos padrões de interações entre morcegos e plantas. Essa característica deve-se à diferença na ocorrência e abundância de espécies ao longo da estratificação vertical. Portanto, ao estudar regiões tropicais, para detectar e quantificar as interações e revelar seus processos subjacentes, estudos futuros devem considerar a estrutura vertical das florestas.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2023
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/11703
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