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Título: Efeito da paroxetina na função cardiovascular em pacientes sépticos
Autor(es): Borges, Gabriel da Costa
Orientador(es): Dominguini, Diogo
Co-orientador: Pizzol, Felipe Dal
Palavras-chave: Sepse
Paroxetina - Efeito fisiológico
Migração de neutrófilos
GRK2
Descrição: Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado para obtenção do grau de bacharelado no Curso de Enfermagem da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Resumo: A sepse é uma condição médica crítica caracterizada por uma resposta inflamatória desregulada do corpo a uma infecção, podendo resultar em alterações sistêmicas graves e potencialmente fatais. Um componente importante na fisiopatologia da sepse foi a quinase-2 acoplada à proteína G (GRK2). Durante uma sepse, observou-se um aumento da expressão de GRK2 em neutrófilos, o que levou à dessensibilização de receptores quimiotáticos, prejudicando a migração dessas células para o foco infeccioso. Além disso, o GRK2 desempenha um papel crucial na dessensibilização e internalização de receptores acoplados à proteína G, incluindo os receptores β-adrenérgicos, contribuindo para a disfunção cardíaca prejudicada na sepse. A paroxetina, um inibidor seletivo da recaptação de serotonina utilizado no tratamento de depressão e transtornos de ansiedade, foi recentemente identificada como um inibidor da GRK2. Estudos em modelos experimentais demonstraram que a prevenção da GRK2 pela paroxetina poderia reverter a disfunção e remodelação cardíaca, bem como melhorar a capacidade migratória dos neutrófilos, representando uma abordagem promissora no manejo de doenças cardiovasculares e possivelmente em outras condições clínicas, como a sepse. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da paroxetina, como um inibidor da expressão da GRK2, em pacientes com diagnóstico de choque séptico internados em unidade de terapia intensiva. Acredita-se que a modulação da atividade de GRK2 pela paroxetina poderia trazer benefícios terapêuticos significativos, reduzindo a comorbidade e a mortalidade associada a essa síndrome clínica grave. Foi realizado um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, em um hospital da região sul do Brasil. Foram selecionados pacientes acima de 18 anos, com diagnóstico de choque séptico há menos de 48 horas e em uso de dose mínima de noradrenalina. Os pacientes foram classificados em dois grupos: grupo paroxetina (40mg/dia) e grupo placebo. O tratamento foi realizado por um período máximo de 5 dias ou até um dia após a resolução do choque. Durante o acompanhamento, foram coletados dados clínicos, como a aplicação da escala SOFA, e amostras de sangue para avaliação dos níveis plasmáticos de citocinas (IL-1β, IL-6, IL-4, IL-8, IL-10 e TNF- α) por meio de testes de imunoensaio (ELISA). O grupo placebo é composto por 32 participantes, enquanto o grupo paroxetina tem 27 participantes, em relação ao sexo dos participantes, o grupo placebo possui 11 mulheres (34,4%) e 21 homens (65,6%), enquanto o grupo paroxetina tem 13 mulheres (48,1%) e 14 homens (51,9%). Os dados coletados demonstraram que a paroxetina exerce um impacto significativo na modulação da resposta inflamatória em pacientes com choque séptico. A redução dos níveis de algumas citocinas ao longo do tratamento indica uma diminuição na mediação e amplificação da resposta inflamatória, sugerindo que a paroxetina pode desempenhar um papel crucial na atenuação da inflamação exacerbada associada à sepse.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Data da publicação: Dez-2024
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/11445
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