Planos de governo para saúde: análise documental dos municípios na região carbonífera do estado de Santa Catarina

Abstract

Objetivo: Analisar os planos de governo voltado a saúde dos municípios da região Carbonífera do estado de Santa Catarina e descrever as características gerais dos planos dos planos de governo da área da saúde. Identificar as principais propostas dos planos de governo. Este projeto de pesquisa visa aprofundar a compreensão sobre a gestão pública municipal, destacando sua importância para o desenvolvimento das cidades e o aprimoramento da qualidade de vida da população. Métodos: trata-se de um estudo qualitativo do tipo documental, que contemplou 12 municípios da região Carbonífera do Estado de Santa Catarina. Os documentos contemplados foram as propostas de planos de governo da saúde, inseridos no Sistema CANDe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à gestão 2021 a 2024. O processo analítico seguiu os pressupostos da análise de conteúdo temática com auxílio do software Atlas.ti 23 composta por três fases: pré-análise, foram realizados a busca, salvamento, organização dos planos de governo e leitura; exploração do material, foram selecionados os trechos das propostas e atribuídos códigos composto uma a três palavras; e tratamento dos resultados obtidos, procedeu-se ao refinamento dos códigos, mesclando aqueles que apresentavam semelhanças e agrupando em conjuntos de códigos ou subcategorias. O estudo não foi apreciado pelo comitê de ética pois os dados são de acesso público. Resultados: Os achados indicaram 117 trechos de propostas selecionadas, 38 códigos, estes aglutinados em três categorias: implantação de serviços de saúde como, programas e capacitações, ou até mesmo construção de pronto atendimento, melhorias na atenção à saúde como por exemplo a redução das filas e a redução de mortalidade e por fim as garantias como atendimento médico e investimentos na saúde. Conclusão: Uma análise dos planos de governo da saúde dos municípios na região carbonífera do Estado de Santa Catarina revela a necessidade premente de uma abordagem mais técnica e viável. Destacamos a importância de fundamentar as propostas em dados epidemiológicos estruturados e organizados. Além disso, observou-se a ausência de um padrão entre os governos, juntamente com algumas propostas que impõem obrigações em relação à saúde pública.