Estudo da prevalência e caracterização do canal incisivo mandibular em tomografias computadorizadas de feixe cônico realizadas em uma clínica escola do extremo sul catarinense

Abstract

Objetivo: Avaliar a prevalência e a caracterização do Canal Incisivo Mandibular (CIM) em pacientes acima de 18 anos, que realizaram tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) de mandíbula em uma clínica escola do extremo sul catarinense, nos anos de 2022 e 2023. Método: este trabalho refere-se a uma pesquisa quantitativa, descritiva, observacional e documental. Considerando os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 320 hemiarcadas de 160 exames tomográficos, realizados por um mesmo operador, sem afastador labial e utilizando os mesmos fatores físicos. As imagens foram avaliadas por um cirurgião-dentista especialista em radiologia odontológica. Foram coletados dados referentes a idade e sexo. Além disso, foi verificada a presença do CIM e, quando presente, seu comprimento e diâmetro foram mensurados. Foi observada a presença de ramificações e sua direção. Resultados: a pesquisa foi constituída majoritariamente por pacientes adultos do sexo feminino. Observou-se que, dos exames tomográficos avaliados, 93,4% apresentaram o CIM. O estudo da caracterização do CIM demonstrou um diâmetro médio de 1,56 mm e comprimento de 10,69 mm. A pesquisa constatou que 39,8% dos canais apresentaram ramificações, sendo observado uma prevalência de 83,2% para a direção lingual. Não houve relevância estatística entre a presença do Canal Incisivo Mandibular em relação ao sexo, presença de dentes, lateralidade e diâmetro. Conclusão: foi observada uma alta prevalência do CIM. Em relação ao sexo biológico, apenas o comprimento apresentou diferença estatisticamente significativa. A TCFC é essencial antes de procedimentos cirúrgicos, evitando lesões iatrogênicas e garantindo maior segurança para o paciente.