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Título: Efeitos da N-acetilcisteína pós exposição repetida ao etanol na memória e na neurotransmissão do peixe-zebra
Autor(es): Spilere, Daiana Alves
Orientador(es): Rico, Eduardo Pacheco
Palavras-chave: Alcoolismo
Álcool – Efeito fisiológico
N-acetilcisteina
Alcoolismo - Tratamento
Colinérgicos
Ácido glutâmico
Memória
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.
Resumo: O álcool é a droga lícita mais consumida no mundo. Em 2016 gerou um impacto negativo na qualidade de vida de aproximadamente 133 milhões de pessoas. O uso de álcool gera riscos para o desenvolvimento de transtorno por uso de álcool (TUA). O seu metabolismo é iniciado pela conversão do etanol a acetaldeído, pela enzima álcool desidrogenase (ADH), e então do acetaldeído a acetato, pela enzima aldeído desidrogenase (ALDH). No cérebro, esses metabólitos alteram o funcionamento de diversos sistemas de neurotransmissão, como o glutamatérgico e o colinérgico, além de prejudicar a memória e aprendizagem. Os medicamentos para tratamento do TUA causam efeitos adversos e contraindicações. A N-acetilcisteína (NAC) um fármaco antioxidante, com evidências de proteger a memória e reestabelecer os níveis de acetilcolinesterase (AChE), além de ser um antioxidante que atua juntamente a glutationa, que está relaciona a sinapse do glutamato. O peixe-zebra é um modelo animal consolidado para estudos com álcool e fármacos, já tem seus sistemas neurotransmissores caracterizados e em estudos com etanol e NAC, ela foi capaz de reverter os danos do álcool na ansiedade e no estresse oxidativo. Neste contexto, o propósito do presente estudo foi investigar os efeitos da exposição repetida ao etanol (ERE) na sinalização colinérgica e glutamatérgica, como também na memória do peixe-zebra. Os animais foram expostos ao etanol 1% por 8 dias durante 20 minutos. Receberam tratamento com NAC após a oitava exposição ao etanol por 10 ou 60 minutos. A eutanásia ocorreu um dia após a oitava exposição. Foram realizados os comportamentos de esquiva inibitória e reconhecimento de objeto, e as dosagens das atividades das enzimas colina acetiltransferase (ChAT) e AChE, e captação de glutamato. Os resultados mostram um aumento significativo da AChE no grupo exposto ao etanol e uma diminuição nos expostos, porém tratados com NAC por 10 minutos. Nenhuma diferença foi observada na ChAT. A captação de glutamato foi significativamente menor no grupo exposto ao etanol, mas o grupo tratado com NAC após a exposição não apresentou diferenças em relação ao controle. Na esquiva inibitória todos os grupos demonstraram aquisição da memória aversiva exceto o grupo exposto ao etanol. No reconhecimento de objeto o único grupo que apresentou maior tempo de exploração ao objeto novo foi o grupo tratado com NAC. O presente estudo demonstrou que a ERE alterou a AChE, a captação de glutamato e a memória aversiva da esquiva inibitória, e que esses danos foram atenuados pela NAC. Esses efeitos ocorreram após um único tratamento com NAC, sugerindo que outros protocolos de tratamento podem apresentam resultados mais significativos. Estes resultados contribuem para um melhor entendimento dos mecanismos da ERE, bem como das propriedades da NAC frente aos danos causados pelo etanol no peixe-zebra.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2024
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/10784
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