(In) Justiça ambiental pelo prisma da cartografia e consciência ambiental no movimento Orleans Viva (MOV)

Abstract

Esta tese objetiva compreender a configuração do conceito de Justiça Ambiental pelo prisma da Cartografia e da Consciência Social no Movimento Orleans Viva (MOV). Assim como, analisar as formas de organização para o enfrentamento de injustiças ambientais, isto é, as alternativas propostas pelo MOV para preservação e conservação do ambiente. Para atender seus objetivos, esta pesquisa é classificada como exploratória com abordagem qualitativa, visto que proporcionou uma maior familiaridade com o problema, a saber: Como pode se configurar os conceitos de Justiça e Injustiça Ambiental pelo prisma da Cartografia e da Consciência Social, compreendido na perspectiva do Movimento Orleans Viva (MOV)? Uma primeira hipótese levantada é de que existem implicações sociais a partir de uma noção do que seja entendido propriamente como Justiça Ambiental pelo prisma da Cartografia com uma ideia de Consciência Socioambiental. Uma segunda hipótese pode ser direcionada: a de que a Justiça Ambiental e a Consciência Social, em determinadas circunstâncias, podem ser consideradas tangíveis, levando-se em conta as relações econômicas e políticas locais ou regionais e os enfrentamentos feitos pelo MOV. Esta pesquisa se caracteriza como bibliográfica, documental e como estudo de caso. A abordagem qualitativa desta tese foi considerada a mais adequada para a pesquisa, tendo como instrumento de coleta de dados um mapeamento de atividades, registros, documentos e um grupo com atores sociais do MOV. Desse modo, a presente tese é constituída de uma introdução, sendo o capítulo inicial que espelha a estrutura da pesquisa e mais quatro capítulos. O segundo capítulo “Acerca da Justiça Ambiental: o que dizem os teóricos/as?” tem como característica central uma breve contextualização do conceito de Justiça Ambiental, bem como os princípios que orientam este conceito e as concepções sobre este tema no Brasil. O terceiro capítulo, “Cartografia Socioambiental como horizonte teórico-metodológico da Consciência Social” trata da Cartografia Social no modo a compreendê-la como um território demarcado tencionando para uma Cartografia Socioambiental. O quarto capítulo apresenta o objeto de pesquisa a partir de um panorama histórico envolvendo as lutas e conquistas do Movimento, assim como os procedimentos metodológicos. O quinto e último capítulo: “(In)Justiça Ambiental pelo prisma da Cartografia e Consciência Social”, retrata o panorama da pesquisa o Movimento Orleans Viva (MOV), bem como traz as análises realizadas a partir dos dados obtidos do movimento. De modo geral, pode se dizer que as hipóteses do estudo se confirmam na medida em que a compreensão de justiça e injustiça ambiental se configuram pelo MOV a partir de uma postura coletiva adequada do próprio movimento social. Cabe ressaltar, no entanto, que existem desafios a serem superados cotidianamente para a construção de diálogos com a comunidade tendo em vista o sistema capitalista vigente, mas, é preciso um engajamento social para um processo de ressignificação do conceito de justiça ambiental.