A importância da brincadeira no contexto da educação infantil

Abstract

O presente trabalho de conclusão de curso de Graduação em Pedagogia na Universidade do Extremo Sul Catarinense, busca contribuir com a reflexão sobre a importância da brincadeira e do adulto brincante na Educação Infantil. Partindo de uma perspectiva sócio histórica baseada na abordagem Vygostkyana, buscamos subsídios que possibilitassem compreender a brincadeira como momentos importantes para a significação do mundo. Entendendo também que a brincadeira contribui significativamente com todos os processos de constituição da criança em suas dimensões humanas, levantamos o seguinte questionamento: o brincar está sendo oportunizado na prática pedagógica da Educação Infantil? Diante desta problemática definimos como objetivo geral: analisar a contribuição das brincadeiras e do adulto brincante na Educação Infantil. Os objetivos específicos ficaram em torno de: verificar se os professores estão propiciando as brincadeiras na prática pedagógica, identificar as brincadeiras predominantes na Educação Infantil e; perceber como acontece a mediação dos professores nas brincadeiras. Diante deste desafio, optamos por uma pesquisa qualitativa, buscando compreender o sentido que os sujeitos envolvidos tem reservado a brincadeira. Para analisar os focos de interesse, adotei alguns autores que me ajudaram a refletir sobre esses questionamentos, e confrontar com os elementos obtidos por meio de pesquisa de campo realizada numa instituição de Educação Infantil. Para garantir um contato direto e interativo com o cotidiano dos professores e crianças, optamos nos tornar observadores participantes. Como instrumento de coleta de dados, optamos pela entrevista semiestruturada, pois mesmo com um roteiro de questões a serem discutidas, nos permitiu a possibilidade de abertura, troca, diálogo. Os sujeitos diretamente envolvidos na pesquisa foram 2 (duas) professoras; sendo uma professora de Educação Física e a outra de sala de aula, e uma turma de pré-escolar composta por 18 (dezoito) crianças de 5 (cinco) e 6 (seis) anos de idade. Através das observações, registros e entrevistas, evidenciamos que embora houvesse ainda uma preocupação com a escolarização, a brincadeira ganhava espaço fazendo-se presente em diversos tempos e espaços. Além disso verificamos que um dos professores tinha algumas dificuldades de entender seu papel diante das brincadeiras. Concluímos que a instituição de Educação Infantil deve propiciar vivências para que a criança crie e recrie o mundo a sua volta, conforme a sua maneira de ver e sentir essa realidade social. Nesse sentido, a brincadeira no interior das instituições de Educação Infantil podem colaborar nessa construção. Constatamos que faz-se necessário investir na formação dos educadores, buscando sensibilizá-los para repensarem sua ação, produzindo um novo olhar sobre as crianças e sobre as práticas educativas destinadas a ela.