A transição da educação infantil para o ensino fundamental: a criança de seis anos e os direitos de aprendizagem

Abstract

A presente pesquisa objetiva analisar a transição da criança da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, por meio da investigação na perspectiva de professoras da Educação Infantil e do Ensino Fundamental Anos Iniciais. Nesse sentido, se fez necessário compreender tanto as práticas por elas utilizadas para assistir às crianças na progressão da etapa escolar, como suas experiências e as vivências enquanto docentes que estão à frente dessa transição. Afinal, o que as crianças expressam nessa nova fase do Ensino Fundamental, mais especificamente no 1º ano e 2º ano. Visando compreender e analisar esta dinâmica, realizamos leitura e análise de documentos oficiais sobre a Educação Básica e apoiamos em autores que versam sobre a ação docente, caracterizando como pesquisa documental e exploratória. Para o desenvolvimento desta pesquisa, com abordagem qualitativa, utilizamos como procedimentos metodológicos entrevistas com 10 (dez) professoras em uma escola localizada no bairro Verdinho no Município de Criciúma, Santa Catarina. A análise dos dados permitiu observar os limites teóricos e práticos das professoras sobre a experiência de transição das crianças da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Embora seja acessível a preocupação de professores (analisados também em artigos estudados) para com esta mudança metodológica, por vezes abrupta, gradualmente as práticas assumem um caráter mais abstrato em detrimento do lúdico. Mesmo havendo uma preocupação com essa transição em seu documento do PPP, o entendimento que as professoras fazem de criança e infância, reflete o respeito a essa transição. As metodologias utilizadas desde o primeiro dia de aula, expressam uma continuidade na rotina, sentem falta ou utilizam a ludicidade, tem consciência que a aquisição da escrita e leitura no novo contexto escolar precisa respeitar a individualidade das crianças e esse momento de transição, valorizam as atividades lúdicas como formas de ouvir a criança, utilizando diferentes tipos de linguagens e, assim, possibilitando que se manifeste acerca de suas vivências e experiências como sujeito que constrói a sua história no cotidiano.