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Título: A imipramina induz hiperatividade em ratos submetidos a administração de ouabaina: implicações para um modelo animal de virada maníaca
Autor(es): Marino, Carlos Augusto Padovan
Orientador(es): Valvassori, Samira da Silva
Co-orientador: Quevedo, João Luciano de
Palavras-chave: Imipramina – Efeitos colaterais
Transtorno bipolar
Ouabaína
Depressão
Psicose maníaco-depressiva
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.
Resumo: O Transtorno Bipolar (TB) é conhecido por se tratar de um transtorno psiquiátrico grave e crônico, caracterizado por mudanças de humor, que se alternam entre mania e depressão. Os estabilizadores do humor e os antipsicótico atípicos são eficazes no tratamento ou prevenção de episódios maníacos e hipomaníacos do TB. Entretanto, a eficácia dessas medicações nos episódios depressivos é limitada. Os antidepressivos são, portanto, comumente prescritos para o tratamento da depressão bipolar. A principal preocupação com o uso de antidepressivos no tratamento dessa condição é o risco de induzir uma mudança de depressão para hipomania ou mania, estado também conhecido como “virada maníaca”. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos de imipramina sobre o comportamento do tipo maníaco e do tipo depressivo em ratos submetidos a injeção intracerebroventricular (ICV) de ouabaína (OUA). Para o presente estudo, foram utilizados 60 ratos Wistar machos adultos. Os animais foram primeiramente submetidos a uma cirurgia estereotáxica, onde uma cânula foi implantada no ventrículo lateral. Após a recuperação, os animais receberam uma única injeção ICV de OUA ou líquido cefalorraquidiano artificial (LCRa). Do 9º ao 14º dia após a injeção ICV de OUA os animais receberam injeções intraperitoneais diárias de imipramina (IMI - 10mg/kg) ou salina. Os animais foram submetidos ao teste do campo aberto e do nado forçado 7, 9 e 14 dias após a administração ICV. No final de todas as avaliações comportamentais, os animais foram submetidos à eutanásia, o cérebro foi removido e dissecado em córtex frontal e hipocampo. A partir das estruturas cerebrais dissecadas foi avaliada a atividade da Na+K+ATPase. No teste do campo aberto, 7 dias após a administração de OUA pode-se observar comportamentos do tipo maníaco nos animais, através do aumento da atividade locomotora e da exploratória, bem como comportamentos estereotípicos nos ratos. Além disso, a OUA diminuiu a imobilidade, aumentou a natação e a escalada no teste do nado forçado. Nove dias após a administração de OUA, os animais não apresentaram comportamento do tipo maníaco e nem alterações no teste do nado forçado. Quatorze dias após a administração de OUA, os ratos não apresentavam comportamentos do tipo maníaco, mas, apresentavam comportamento do tipo depressivo, com aumento de imobilidade no teste do nado forçado. O tratamento com IMI reverteu o aumento da imobilidade e a diminuição da natação e da escalada induzidos pela OUA no teste do nado-forçado. Entretanto, a IMI induziu comportamento do tipo maníaco nos animais que haviam sido submetidos a administração ICV de OUA. Quatorze dias após a administração de OUA não foi observado alterações na atividade da Na+K+ATPase em nenhuma das estruturas cerebrais avaliadas. Em conclusão, a IMI, apesar de reverter comportamento do tipo depressivo induzidos por OUA, levou à comportamentos do tipo maníaco nos animais previamente submetidos a administração ICV de OUA. Sugere-se que a administração de IMI em ratos previamente submetidos a OUA é um modelo animal adequado para estudar os mecanismos envolvidos na virada-maníaca. Além disso, o modelo animal de TB induzido por OUA pode ser considerado um modelo relevante para a avaliar possíveis fármacos para o tratamento da depressão bipolar.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2019
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/10123
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