Infecções sexualmente transmissíveis no sistema prisional do sul de Santa Catarina entre 2020 e 2021

Abstract

Estudos mostram que o Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, a qual segue em crescimento e tem ocasionado superlotação nas prisões, locais estes, às vezes, com condições inseguras de saúde e de saneamento. Assim, é de responsabilidade do Estado e dos profissionais que atuam nessas instituições, garantir o acesso aos direitos civis e possibilitar a preservação da dignidade humana, independente do crime cometido. No ano de 2014 foi criada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade, pois muitas vezes os reeducandos necessitam de atendimento à saúde fora do local onde estão alocados. Este Trabalho de Conclusão de Curso destaca a importância da saúde no sistema prisional, uma vez que suas equipes multiprofissionais prestam o atendimento necessário para que os reeducandos cumpram suas penas e tenham o acesso à saúde garantido de acordo com a legislação brasileira. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, cuja coleta de dados se deu em base documental. Foram coletadas informações por meio do registro da unidade, através dos laudos do resultado dos testes rápidos de 01 de março de 2020 a 01 de maio de 2021, foram avaliados 1999 detentos, através do banco de dados de prontuário, de testes rápidos. Nos resultados foram identificados 1,95% casos reagentes para HIV, 3,70% casos reagentes para Sífilis, 0,35% casos reagentes para Hepatite B e 1,80% casos reagentes para Hepatite C. Com isso, pode-se conhecer a realidade do presídio estudado, e contemplar com ações de promoção da saúde e prevenção dessas doenças.