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Título: Condições de vida, trabalho e saúde de pescadores artesanais no Município de Balneário Gaivotas - SC
Autor(es): Melo, Daiane Daboit da Rosa
Orientador(es): Schäfer, Antônio Augusto
Co-orientador: Dallazen, Camila
Palavras-chave: Pescadores – Aspectos sociais – Balneário Gaivotas (SC)
Saúde do trabalhador
Pesca artesanal – Balneário Gaivotas (SC)
Atenção Primária à Saúde
Doenças ocupacionais
Qualidade de vida no trabalho
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva.
Resumo: A pesca é considerada uma das atividades trabalhistas mais antigas, a Organização Internacional do Trabalho estima que há no mundo 25 a 40 milhões de pessoas envolvidas na pesca. Por ser atividade artesanal, enquadra-se no modelo de economia informal. São trabalhadores considerados vulneráveis por estarem expostos a condições de trabalho inadequadas, rendimentos menores, tolerarem jornadas de trabalho maiores e enfrentarem dificuldades nos direitos previdenciários, segurança social, no trabalho e saúde. Esta pesquisa teve o objetivo avaliar as condições de vida, trabalho e saúde de pescadores artesanal de Balneário Gaivota - SC. Tratou-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa realizado com pescadores de ambos os sexos cadastrados na colônia de pesca Z20 e Sindicato da Pesca do município. Foi aplicado um questionário único contendo informações sociodemográficas, de condições da pesca, hábitos de vida, saúde e qualidade de vida. Foram estudados 160 pescadores, e evidenciou-se que mais da metade (64,4%) eram homens, 27,5% tinham idade de 50 a 59 anos e 65,6% possuíam ensino fundamental. O arrasto de rede era praticado por mais da metade (55,0%) dos pescadores, dois terços deles (66,2%) passaram por consulta médica no último ano e 45,0% por consulta odontológica. Grande parte dos pescadores (73,1%) possuíam carteira de vacinação; destes 59% não as mantém atualizada. Mais da metade dos entrevistados (61,3%) negaram uso de álcool, porém 46,8% referiram consumo abusivo nos últimos 30 dias. Em relação ao tabagismo e drogas, um quarto referiu fumar (26,9%) e 93,1% não utilizavam drogas ilícitas. Além disso, a prática insuficiente de atividade física foi referida por 93,1% dos pescadores. Doenças osteomusculares acometeram 65,6% dos pescadores, 84% sofreram acidente de trabalho e quase a totalidade (90,6%) utilizava equipamentos de proteção individual. Referente à qualidade de vida, o domínio relações sociais apresentou maior média de escore (73,1) e o domínio ambiente, o menor (67,9). Conclui-se que a prevenção e tratamento das doenças osteomusculares, execução de ações educativas de autocuidado, formulação de políticas de assistência à saúde dos pescadores são necessárias para diminuir vulnerabilidades e, garantir qualidade de vida a esses trabalhadores.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2022
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/9348
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