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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorZanelatto, João Henrique-
dc.contributor.authorCabral, Nathália Pereira-
dc.contributor.otherSalvaro, Giovana Ilka Jacinto-
dc.coverage.spatialUniversidade do Extremo Sul Catarinensept_BR
dc.date.accessioned2021-05-31T23:31:23Z-
dc.date.available2021-05-31T23:31:23Z-
dc.date.created2020-
dc.identifier.urihttp://repositorio.unesc.net/handle/1/8543-
dc.descriptionDissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestra em Desenvolvimento Socioeconômico.pt_BR
dc.description.abstractAo longo da segunda metade do século XIX, e início do século XX, a região sul catarinense vivenciou uma diversidade de fluxos migratórios, no qual, inseridos nessa movimentação, estavam também os(as) imigrantes italianos(as). Anos depois, são seus/suas descendentes que buscam fazer o “caminho inverso”, vendo na cidadania italiana uma possibilidade de migrar. As migrações de retorno, são vistas pela literatura como a volta à terra dos antepassados, porém essa idealização de uma terra narrada e imaginada pelos familiares e pela ação do poder público que busca evidenciar um passado fundante, é modificada no contato com o local de destino (Itália). É nesse contexto que o pertencimento tão reivindicado nas cidades de colonização italiana entra em choque com o tratamento recebido pelos(as) emigrantes brasileiros(as), que são vistos(as) como estrangeiros(as) e não como italianos(as), mesmo que juridicamente provem ao contrário. Outro importante ponto de discussão é que essas migrações, a partir das décadas de 1980 e 1990, se transformaram em um grande fluxo na cidade criciumense, no momento em que o Brasil e toda a América Latina enfrentavam intensas crises devido a ascensão do neoliberalismo. Desse modo, muitos brasileiros e brasileiras observaram nas migrações uma oportunidade de mudança diante da crise econômica e política vivenciada. Portanto, esta pesquisa se fundamentou na história social do trabalho e sua principal abordagem metodológica foi a história oral. Para a construção da narrativa dialogamos com autores e autoras que versam sobre migrações, etnicidade, trabalho e divisão sexual do trabalho, visando o debate sobre o desenvolvimento socioeconômico da região sul de Santa Catarina, os quais destaco: Abdelmalek Sayad (1998), que fez importantes apontamentos a respeito da trajetória de pessoas em condição de migração; Fabio Perocco (2017), que discute a condição social dos trabalhadores(as) migrantes na Itália; Helena Hirata (2009; 2011) e suas pesquisas a respeito da divisão sexual do trabalho, pensando as desigualdades vivenciadas pelas mulheres, as quais, muitas vezes, são submetidas a precarização de forma ainda mais violenta; Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart (1997) e suas análises voltadas para o campo da etnicidade; Ricardo Antunes (2015) dialogando sobre a precarização do trabalho e as novas polissemias dos mundos do trabalho, principalmente pós ascensão do neoliberalismo. Destarte, a problemática dessa pesquisa se delineia da seguinte maneira: até que ponto as migrações internacionais, acionadas a partir da etnicidade, trazem “ganhos” significativos para os trabalhadores(as) brasileiros(as) e ítalo-brasileiros(as) de Criciúma? Levando em consideração não somente a questão econômica, o consumo e os investimentos feitos na cidade de origem, mas, também, questões que permeiam outras esferas, tais como: o trabalho digno, as relações estabelecidas com os(as) italianos(as) nacionais e seus empregadores. Deste modo, nosso principal objetivo nesta pesquisa desdobrou-se em analisar a trajetória e as experiências de trabalhadores e trabalhadoras criciumenses na Itália; bem como, pensar de que forma as migrações pretéritas impactam e dimensionam as migrações contemporâneas, principalmente, a partir da conquista da dupla cidadania; analisar de que maneira os(as) emigrantes da cidade de Criciúma se beneficiam da etnicidade, para assim, emigrarem para a Itália, objetivando fazer “o caminho inverso” de seus antepassados colonizadores em busca de trabalho bem remunerado e melhores condições de vida, os quais, na maioria das vezes, não são encontrados como fora idealizado; investigar as condições de trabalho e as funções comumente desenvolvidas pela mão de obra estrangeira, percebendo as tensões e diferenciações entre trabalhadores(as) migrantes “documentados” e “indocumentados”; observar de que modo as remessas de alguns migrantes de Criciúma são aplicadas e investidas na cidade de origem; e, por fim, perceber de maneira as redes sociais se constituem como importantes processos para a consolidação das migrações transnacionais.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectMigrações internacionaispt_BR
dc.subjectEmigração e imigração – Brasil - Itáliapt_BR
dc.subjectOportunidade de emprego - Itáliapt_BR
dc.subjectTrabalhadores migrantes - Itáliapt_BR
dc.subjectDesenvolvimento socioeconômicopt_BR
dc.titleMigrações para a Itália contemporânea e o desenvolvimento do sul catarinense: uma análise a partir da trajetória de trabalhadoras e trabalhadores criciumensespt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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