Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) em Lauro Muller SC: a percepção dos trabalhadores da Estratégia Saúde da Família (ESF) em torno de seu exercício profissional

Abstract

Trata-se de um estudo descritivo que visa verificar, o conhecimento dos trabalhadores de uma equipe de Estratégia de Saúde da Família - ESF sobre as atribuições dos Agentes Comunitários de Saúde – ACS; A relevância de seu exercício profissional e sua inserção na práxis multiprofissional dessa estratégia. Teve como abordagem metodológica a natureza qualitativa, pois pretendeu investigar o conhecimento e a conduta dos trabalhadores de uma ESF. Para tanto buscou-se responder aos seguintes objetivos: Conhecer a rotina de trabalho do ACS de uma ESF no município de Lauro Muller; Identificar o conhecimento dos trabalhadores da ESF sobre as atribuições profissionais do ACS, sua importância e implicações na produção do cuidado em saúde coletiva; Verificar como a equipe de ESF organiza a atenção domiciliar às famílias no território em estudo;Investigar como se dão as relações no processo de integração profissional entre o ACS e demais trabalhadores da ESF. Participaram do estudo os trabalhadores de todas as seis (6) ESF do município. Assim, de todos os trabalhadores que formam as seis equipes de ESF num total de 54 (sendo 6 médicos, 6 enfermeiros, 6 técnicos de enfermagem, 2 odontólogos, 34 ACS), somente 18 aceitaram o convite: 3 enfermeiras, 2 médicos, 6 técnicas de enfermagem , 1odontólogo e 6 ACS de uma ESF. Pudemos perceber a partir da observação e questionamentos, que todos os profissionais das equipes de ESF estudadas vislumbram as competências e atribuições desenvolvidas por cada membro da equipe em especial as do ACS que hoje encontra-se incorporado nas equipes de ESF, este grupo de pessoas vem desenvolvendo ações de promoção a saúde da população; porém o fato de se trabalhar em equipe nem sempre significa que suas ações sejam desenvolvidas de forma integral e continua, pois já é de cunho comum que uma equipe seja formada com diferentes pessoas, com saberes e práticas diferentes e isto requer uma atenção especial dos gestores, atenção esta voltada para educação permanente em saúde. Requer rodas de discussões com intuito de otimizar a oferta do trabalho em saúde; Além de um bom “jogo de cintura” para poder articular entre os profissionais e a demanda atendida.