Frequência de suspeita de sífilis congênita em uma maternidade do Sul Catarinense

Abstract

Objetivo: avaliar a frequência de suspeita de sífilis neonatal, os casos de óbitos e abortos, e os fatores relacionados a essa infecção. Métodos: estudo observacional, retrospectivo de abordagem quantitativa com coleta de dados secundários, provenientes de uma análise de 768 prontuários de todos os pacientes que coletaram exame de VDRL para investigação de sífilis gestacional e congênita atendidos pelo SUS, em uma maternidade da cidade de Criciúma, Santa Catarina, no período de 2016 a 2017. Resultados: Na presente pesquisa, foi analisada uma amostra de 113 casos suspeitos de sífilis congênita, sendo que 46,02% dos neonatos tiveram VDRL reagente, 37,1% teve resultado não reagente, 7,01% não foi realizado triagem neonatal, e 8,85% foram casos de óbito e aborto com VDRL materno reagente. O tratamento materno recebido em 70,9% dos casos foi com 7200 UI de Penicilina Benzatina, enquanto 22,2% não receberam tratamento. Dos casos suspeitos, 52% não tiveram indicação de tratamento, 17,6% receberam tratamento por dez dias com penicilina G cristalina e 21,6% receberam profilaxia com penicilina benzatina. Foram observados desfechos negativos em 35,4% casos analisados. Conclusão: Os principais fatores para a transmissão vertical da sífilis é o não tratamento materno adequado. Devido a sua importância clínica neonatal, o rastreamento e o tratamento das crianças expostas a essa infecção é de extrema importância para Saúde Pública.