Eficácia da administração de omalizumabe para tratamento de pacientes com urticária crônica espontânea

Abstract

A Urticária Crônica Espontânea (UCE) é uma doença que afeta uma parcela importante da população, gerando impactos negativos sobre a qualidade de vida e rendimento psicossocial. A falta de resposta destes pacientes ao tratamento de primeira escolha- anti-histamínicos H1 de segunda geração em doses otimizadas - impõe uma necessidade iminente de novas estratégias terapêuticas. O tratamento desses pacientes com Omalizumabe tem demonstrado efeito promissor. Objetiva-se avaliar a resposta clínica de pacientes com diagnóstico de UCE ao uso de Omalizumabe, visando a redução da necessidade do uso de corticoesteróides sistêmicos e seus efeitos adversos à longo prazo. A metodologia utilizada foi de um estudo observacional predominantemente retrospectivo, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizado em uma clínica particular de Criciúma/SC. Foram avaliados os prontuários e empregados questionários validados de qualidade de vida e escore de atividade da urticária para 7 pacientes. Os resultados evidenciaram que o tempo de latência entre o diagnóstico da UCE e o início do imunobiológico é de 5,1 anos, sendo que 42% dos paciente refratários à terapia anterior, responderam ao Omalizumabe, com uma melhora do escore DQLi de 66% durante os 6 meses de tratamento. Diante da pequena amostra do estudo, há evidências que o Omalizumabe represente uma opção terapêutica segura e eficaz, melhorando a qualidade de vida, os sintomas de UCE e diminuindo a necessidade de uso de medicações concomitantes.