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Título: Extração, secagem e aplicação do colágeno de peles de tilápia em membranas eletrofiadas para regeneração tecidual
Autor(es): Modolon, Henrique Borba
Orientador(es): Arcaro, Sabrina
Co-orientador: Montedo, Oscar Rubem Klegues
Palavras-chave: Engenharia tecidual
Cicatrização de feridas
Curativos
Tilápia (Peixe)
Pele de animais
Colágeno
Engenharia biomédica
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciência e Engenharia de Materiais.
Resumo: A regeneração tecidual é um processo espacial e temporal síncrono, que pode ser otimizado com o uso de curativos funcionais. Entre eles, os curativos eletrofiados tem se destacado por mimetizarem a matriz extracelular (ECM), rica em colágeno. Considerando a importância desse componente, a integração de colágeno nos curativos se torna essencial. O colágeno pode ser extraído de diversas fontes, incluindo animais e vegetais, como a tilápia (Oreochromis niloticus), sendo o Brasil um importante produtor dessa espécie. No entanto, produzir um curativo funcional eletrofiado somente com colágeno pode carecer de spinabilidade. Portanto, o poliácido láctico (PLA), que é um polímero derivado de fontes naturais e renováveis já extensamente usado na biomedicina com alta biocompatibilidade com o corpo humano, pode ser promissor para complementar essas propriedades. Estudos para a produção de curativos funcionais usando PLA e colágeno extraído da pele de tilápia ainda são escassos. Este estudo objetiva avaliar a extração de colágeno da pele de tilápia pelo método de solubilização ácida (ASC), e a confecção, pela primeira vez, de um curativo funcional de PLA e colágeno de pele de tilápia por eletrofiação, visando mimetizar a ECM. A caraterização do colágeno e das membranas foi realizado por meio de análises de pureza, rendimento, morfológicas, termogravimétrica (TGA), de citotoxicidade e migração celular. Foi possível extrair colágeno tipo I de alta pureza de pele de tilápia com rendimento de 0.51 a 13.95% com uma temperatura de desnaturação (Td) de 37 °C. A análise morfológica mostrou que o método de secagem interfere na integridade e propriedades do colágeno. Análises citotoxicológicas revelaram que o colágeno apresentou boa viabilidade e migração celular. Nos curativos, a adição de colágeno evidenciou uma redução no diâmetro das fibras de 3,13 para 1,24 μm e uma porosidade constante de 88%. Espectros de FTIR confirmaram a presença de colágeno nas fibras. Contudo, a adição de colágeno aumentou o ângulo de contato das membranas, de 97 para 116 °. Todas as membranas apresentaram viabilidade celular maiores que o controle. O teste de scratch revelou que as membranas auxiliam a migração celular com o fechamento mais rápido do arranhão. Os resultados indicam que o colágeno de pele de tilápia possui propriedades notáveis para aplicações biomédicas, enquanto as membranas demonstram potencial como curativos funcionais, acelerando o fechamento de feridas. No entanto, são necessários mais estudos in-vitro e in-vivo para validar sua eficácia clínica.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2024
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/11231
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