DSpace Coleção:
http://repositorio.unesc.net/handle/1/5156
2024-03-29T08:25:41ZFramework para zoneamento de áreas de proteção ambiental
http://repositorio.unesc.net/handle/1/10631
Título: Framework para zoneamento de áreas de proteção ambiental
Autor(es): Sutil, Thaise
Resumo: Áreas protegidas têm sido criadas em todo o mundo para conservarem a biodiversidade que resta. No Brasil não difere, pois, a partir do ano 2000, com a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), inúmeras unidades vêm sendo implementadas. Destaca-se a criação de Áreas de Proteção Ambiental (APAs), uma vez que, segundo o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC), elas são as mais representativas em área. Apesar da expressividade em números, muitas APAs acabam negligenciadas pelos órgãos responsáveis, por não executarem o devido planejamento, ou seja, não elaboram o plano de manejo. Um dos principais instrumentos do plano de manejo é o zoneamento, pois é nele que estão contidas as zonas com objetivos de manejo e normas específicas. Durante anos o zoneamento em áreas protegidas ignorou a participação social, sobretudo em APAs, onde se tem terras privadas. As abordagens utilizadas para realizar zoneamento no Brasil trabalham com sobreposição de mapas impressos, ainda de maneira analógica. A sobreposição de mapas de maneira analógica foi importante para as ciências geográficas e evoluiu, dando origem ao Sistema Geográfico de Informação (SIG). A desde a criação do SIG muito evoluiu com desenvolvimento dos métodos computacionais para aquisição, gestão, análise e exibição de informação digital. Essa evolução tecnológica também contribuiu para transformação digital do método de Geodesign, que é um processo de planejamento que avalia o funcionamento do território para propor a melhor forma de intervenção, considerando participação dos atores sociais envolvidos e pode ser desenvolvido por meio de um SIG. Assim, buscando um meio de estimular a construção de metodologias de zoneamento que associem a participação e a tecnologia baseado no território, a presente tese teve como objetivo Desenvolver um Framework para Zoneamento em Áreas de Proteção Ambiental (FZAPA) considerando as práticas do Geodesign. O FZAPA pode ser utilizado para APAs que ainda não tem zoneamento e para aquelas que precisam realizar revisão do zoneamento. Para testar o FZAPA foram realizados dois estudos de caso, o da APA do Rio Maior, para elaboração do seu zoneamento e o da APA Rota do Sol, para revisão do zoneamento existente. Os estudos de caso demonstram a aplicabilidade do FZAPA para zoneamento, por meio dele foi possível estabelecer tanto um novo zoneamento, como também uma revisão para o zoneamento já existente. Os zoneamentos foram criados unicamente pelos atores sociais das APAs, que participaram dos workshops de aplicação de FZAPA. Considerando os dados obtidos até o momento, o uso do FZAPA é recomendável, mas é necessário testá-lo em diferentes contextos geográficos e sempre realizar adaptações necessárias a cada realidade.
Descrição: Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em Ciências Ambientais.A gestão dos recursos comuns e os impactos socioambientais da indústria carbonífera: possibilidades para uma transição justa e sustentável
http://repositorio.unesc.net/handle/1/10630
Título: A gestão dos recursos comuns e os impactos socioambientais da indústria carbonífera: possibilidades para uma transição justa e sustentável
Autor(es): Volpato, Samira Becker
Resumo: Esta tese teve como objetivo compreender o processo de gestão e uso dos recursos comuns, bem como os impactos socioambientais resultantes das atividades da indústria carbonífera a partir de uma análise da dinâmica territorial e perspectivas para uma transição energética justa e sustentável para a região Sul catarinense. Sua realização foi motivada pelo atual cenário de transição energética que vem ocorrendo globalmente, sendo que no Brasil não se vê perspectivas de avanços junto aos segmentos políticos, econômicos e sociais que vislumbrem uma mudança neste modelo de desenvolvimento, dados estes confirmados por meio dos Planos Decenal de Energia que prevê a continuação da utilização de combustíveis fósseis para geração de energia elétrica. Modelo de desenvolvimento este, como consequência do modelo capitalista, e consolidado como hegemônico nos dois últimos séculos, responsável por uma crise ambiental planetária sem precedentes. Orientado ainda para a exploração ilimitada dos recursos naturais e sua transformação em bens de consumo, sendo responsável pela devastação dos ecossistemas e do atual desequilíbrio ecológico, que tem nas mudanças climáticas uma de suas principais implicações. A área objeto de estudo foi a Região Carbonífera do Sul catarinense, onde as atividades econômicas da indústria carbonífera foram responsáveis pela degradação severa do ambiente, com a contaminação do solo, do ar e da água. De abordagem qualitativa, a pesquisa, nas modalidades bibliográfica, documental e com realização de entrevistas com os segmentos sociais, políticos e econômicos, ajudaram a desvelar os arranjos socioeconômicos tecidos no território em questão, identificando elementos que mostram a apropriação dos recursos comuns de forma assimétrica. O modelo de análise dos resultados utilizado à consecução dos objetivos foi o de Oakerson (1992), voltada à gestão dos bens comuns. Por meio desse instrumento, pôde-se validar a hipótese de que há, da parte dos segmentos econômico, sobreposição de poder em relação aos temas de interesse coletivo, como o carvão, cuja atuação dá-se alinhada aos segmentos políticos, estabelecendo sua hegemonia em relação à sociedade como um todo. A participação e a visão da sociedade civil nas tomadas de decisão, é vista como empecilho ao progresso. Nesse jogo, o setor carbonífero mostra-se acima dos demais setores, ao usar estratégias como o financiamento de campanhas políticas, rendendo-lhe representação junto às instâncias públicas, executivas e legislativas, nos âmbitos regional, estadual e federal. Todos os elementos permitiram verificar que as dinâmicas de apropriação dos recursos comuns, continuam vinculadas à uma visão de retrocesso, em que de que a prioridade da região é de gerar emprego e renda, mesmo que com isso se tenha impactos indesejáveis. É necessário que se pense em novos modelos de desenvolvimento que sejam discutidos na coletividade, com articulação e participação efetiva de todos os segmentos. A insistência nesse estilo de desenvolvimento, dificultam, ou mesmo impedem outros usos possíveis do solo, bem como o desenvolvimento de outras formas de economia para a região, como ressaltado no trabalho. É preciso que haja o engajamento da sociedade na construção de políticas públicas para uma transição energética justa e sustentável e consequentemente uma reconversão socioambiental da região carbonífera, com a construção de um pacto social a partir da compreensão da gestão compartilhada dos recursos comuns, promovendo um novo modelo de desenvolvimento.
Descrição: Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientas da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências Ambientais.Perspectiva socioambiental do processo de recuperação de áreas degradadas por mineração de carvão no sul de Santa Catarina, Brasil
http://repositorio.unesc.net/handle/1/10629
Título: Perspectiva socioambiental do processo de recuperação de áreas degradadas por mineração de carvão no sul de Santa Catarina, Brasil
Autor(es): Corrêa, Patricia Figueiredo
Resumo: A atividade de extração e beneficiamento do carvão na região Sul de Santa Catarina foi realizada de maneira predatória o que acarretou os principais problemas ambientais e sociais. O histórico da região aponta que no processo de disposição sem controle dos estéreis e do rejeito de mineração de carvão, o solo não foi preservado e muitas áreas foram abandonadas após atividade, ocasionando em impactos negativos devido a contaminação dos solos e água pela Drenagem Ácida de Mina (DAM) e emissão de gases para atmosfera, desconfiguração da paisagem, além de impactos socioeconômicos. O presente estudo teve como objetivo geral de compreender a perspectiva socioambiental da recuperação ambiental na região carbonífera de
Santa Catarina, Brasil. Para isso, analisou-se o panorama da produção científica acerca da mineração de carvão no Brasil; avaliou-se a percepção ambiental das comunidades do entorno das áreas em processo de restauração ambiental e indicou-se espécies vegetais nativas facilitadoras para a restauração ambiental com foco do uso sustentável de espécies de produto florestal não madeireiro (PFNM), na região carbonífera de Santa Catarina. Na avaliação do panorama científico, verificou-se que os artigos mais representativos sobre mineração de carvão no Brasil pertencem às áreas de Geologia e solos, Recursos hídricos e Metais pesados. Estes somam mais de 53% do total de artigos indexados. Constatou-se que nessas classes, os artigos
analisaram os aspectos da poluição ambiental decorrente da acidificação dos ambientes terrestres, havendo a detecção de deficiências nas propriedades físicas e químicas dos solos e das propriedades do ambiente aquáticos. Pesquisas com investigações sobre alternativas de reduzir a geração da drenagem ácida de mina (DAM) utilizando solos compactados, além de outras inovações tecnológicas visando a recuperação do solo representaram 60% da classe de estudo Geologia e solos. Verificou-se que pesquisas no âmbito social, são negligenciadas e poucos são os estudos direcionados a compreender a relação socioambiental. Portanto, os dados demonstraram que a maioria dos moradores consideraram degradada a área onde residem, sendo a fonte geradora desta degradação a mineração de carvão realizada na região. A atividade é vista como uma dualidade, sendo positiva pela geração de emprego, já que em alguns municípios é uma das principais atividades econômicas existentes, porém negativa pelo impacto no meio ambiente e na saúde dos moradores e trabalhadores da região. A maior preocupação apontada é com a água das nascentes e dos rios com a degradação da qualidade de suas águas e, também, a desfiguração da paisagem. Os dados demonstraram também que as comunidades não foram inseridas no processo de recuperação ambiental, pois, 85% dos
entrevistados, desconhecem as ações que estão em execução para recuperação ambiental. Como uma alternativa de ação positiva e sustentável para o processo de recuperação das áreas degradadas, foi proposto uma lista funcional com espécies vegetais nativas com potencial facilitador no processo de recuperação ambiental, descrevendo-se critérios ecológicos importantes a serem considerados, bem como informações de usos, como Produtos florestais não madeireiros, para estimular os moradores ao manejo sustentável, reduzindo a pressão antrópica sobre a vegetação ou a área em recuperação, desta maneira, contribuindo para a geração de fonte de renda e para a consciência ambiental.
Descrição: Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências Ambientais.Disseminação da Leishmaniose em ambientes urbanos e síntese de análogos de cromanonas com potencial para atividade leishmanicida
http://repositorio.unesc.net/handle/1/10628
Título: Disseminação da Leishmaniose em ambientes urbanos e síntese de análogos de cromanonas com potencial para atividade leishmanicida
Autor(es): Borges, Marília Schutz
Resumo: A leishmaniose é uma doença negligenciada comum em regiões tropicais e subtropicais do mundo, sendo causada por protozoários do gênero Leishmania. É transmitida para seres humanos e outros mamíferos através da picada de insetos vetores. Apresenta diferentes formas clínicas (visceral ou kala-azar, cutânea e mucocutânea) que dependem da espécie do parasita causador da doença e da resposta imune do hospedeiro. A doença vem sendo descrita em vários municípios brasileiros, apresentando mudanças no padrão de disseminação, inicialmente predominando em ambientes silvestres e rurais, e mais recentemente em centros urbanos de médio e grande porte. A leishmaniose possui tratamento, no entanto, a maioria dos medicamentos apresenta limitações, como: toxicidade, efeitos adversos, difícil administração e podem causar resistência ao parasita. Considerando estes fatores que perpassam por questões ambientais e saúde, o presente trabalho buscou analisar os fatores associados à disseminação da leishmaniose em ambientes urbanos e sintetizar compostos do tipo Calea spp. com potencial para a atividade leishmanicida. A primeira etapa da pesquisa
contou com análise sistemática e bibliométrica executadas no software StArt, contemplando todos os artigos originais e de revisão entre 1959 a 2021. Na busca dos artigos, foram utilizados três descritores: “leishmaniasis” AND “urban” AND “rural”. Foram avaliados 304 estudos, os quais indicam que os fatores associados à disseminação da leishmaniose em áreas urbanas estão inter-relacionados, envolvendo as diferentes formas clínicas da doença, desmatamento, presença de vetores, participação de diferentes reservatórios da doença, ocupação desordenada do espaço geográfico, condições sanitárias precárias e questões econômicas que favorecem as tendências migratórias humanas. A análise bibliométrica mostrou que a maioria dos estudos foram desenvolvidos no Brasil. O número de publicações, em geral, tem crescido ao longo dos anos, principalmente em 2021, sendo a maioria direcionada à área epidemiológica. A segunda etapa do trabalho buscou obter por síntese total o composto uniflorol-B e análogos, apontados na literatura com potencial atividade leishmanicida. A rota sintética contou com sete etapas: I) acetilação; II) rearranjo de Fries; III) ciclização; IV) redução; V) esterificação; VI) Morita-Bailys-Hilman e VII) Isomerização (via bromação). A estratégia utilizada para a concretizar a síntese do uniflorol-B foi a realização das duas últimas etapas. Os compostos foram avaliados in silico. A rota sintética proposta se mostrou eficiente, onde foi possível sintetizar o composto uniflorol-B de modo inédito e seus análogos. A avaliação in silico das propriedades físico-quimicas sugere que todos os compostos sintetizados apresentam boa predição de perfil de biodisponibilidade oral. A
avaliação in vitro preliminar de atividade leishmanicida tem apontado resultados promissores para dois compostos sintetizados (41 e 57), que motivam para a continuidade da investigação da atividade biológica dessas moléculas.
Descrição: Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul
Catarinense para obtenção do título de Doutora em Ciências Ambientais.