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http://repositorio.unesc.net/handle/1/1050
2024-03-25T23:45:41ZInfluências das mudanças no status ocupacional durante a pandemia de COVID-19 sobre desfechos suicidas no Brasil
http://repositorio.unesc.net/handle/1/10700
Título: Influências das mudanças no status ocupacional durante a pandemia de COVID-19 sobre desfechos suicidas no Brasil
Autor(es): Luiz, Jhoanne Merlyn
Resumo: O status ocupacional é um importante fator associado à saúde mental do indivíduo, com possível impacto para o risco de suicido. Considerando os efeitos econômicos da pandemia de Doença de Coronavírus-19 (COVID-19), o status ocupacional foi influenciado diretamente ou indiretamente por esse contexto no Brasil. Portanto, o
objetivo do presente estudo foi examinar as diferenças nos sintomas da narrativa suicida e da síndrome de crise de suicídio e ideação suicida entre aqueles que mantiveram, perderam e ganharam emprego ou status educacional durante a pandemia de COVID-19. O presente estudo trata-se de um estudo transversal
baseado em um questionário online. Os indivíduos foram recrutados por meio de plataformas de mídia social entre novembro de 2020 e outubro de 2021. As mudanças no status ocupacional foram avaliadas em 2.259 indivíduos. A amostra foi dividida em grupos de acordo com as mudanças do status ocupacional (emprego e/ou estudo); (1) aqueles que mantiveram, (2) aqueles que perderam, (3) aqueles que ganharam e (4)
desempregados. Os desfechos suicidas foram avaliados através do Inventário da Narrativa Suicida, Inventário da Crise Suicida e da Escala de Classificação da Gravidade do suicídio (Columbia). A partir dos dados encontrados no presente estudo, as mudanças no status ocupacional influenciaram sintomas da síndrome de crise de suicídio e da narrativa suicida, mas não a ideação suicida. Aqueles que mantiveram seu emprego apresentaram menos sintomas de narrativa suicida e síndrome de crise de suicídio, comparado àqueles que perderam o emprego e aos desempregados. Esses achados sugerem que é apropriado considerar mudanças no status ocupacional como fator associado à piora da saúde mental durante pandemias.
Descrição: Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC para a obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde.Avaliação dos efeitos do exercício físico sobre a produção de anticorpos em animais inoculados com veneno do escorpião Tityus serrulatus
http://repositorio.unesc.net/handle/1/10699
Título: Avaliação dos efeitos do exercício físico sobre a produção de anticorpos em animais inoculados com veneno do escorpião Tityus serrulatus
Autor(es): Queiroz, João Anníbal Milano Peixoto
Resumo: O escorpionismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde um problema de saúde negligenciado ao redor do mundo. Os casos de acidentes envolvendo escorpiões crescem anualmente de maneira exponencial, principalmente nos países do hemisfério sul. A fauna escorpiônica é composta por mais de 1500 espécies descritas, sendo que mais de 150 já foram relatadas no Brasil. A espécie Tityus serrulatus é responsável pela maioria dos ataques conhecidos no país, pois estes animais estão extremamente adaptados ao meio urbano, apresentam grande capacidade de reprodução e sobrevivem a condições adversas. O veneno deste escorpião possui mais de 100 mil moléculas e as mais conhecidas são: histamina, serotonina, peptídeos, nucleotídeos, aminoácidos, sais, proteases, fosfolipases e neurotoxinas. Os efeitos causados pelo veneno são classificados em leves, moderados, graves e podem até provocar a morte da vítima. Segundo o Ministério da Saúde, o único tratamento preconizado no Brasil contra o escorpionismo é a imunoterapia com soro antiescorpiônico. A produção deste soro é baseada em protocolos de 1903, onde cavalos são hiperimunizados com o veneno para uma produção em grande escala de anticorpos. Durante este processo, os animais desenvolvem a sintomatologia promovida pelo envenenamento, vivendo em condições precárias de saúde e com expectativa de vida reduzida. Com o intuito de encontrar alternativas para melhorar as condições de saúde e aumentar a expectativa desses animais, o presente estudo teve como objetivo: avaliar o efeito do exercício físico sobre a produção de anticorpos em camundongos submetidos à imunização com o veneno do escorpião Tityus serrulatus. Além disso, foram avaliados marcadores bioquímicos e inflamatórios, parâmetros comportamentais e de sensibilidade à dor e longevidade dos animais. Foram utilizados 32 camundongos machos da espécie C57BL/6, com 28 a 40 dias de idade, divididos aleatoriamente em grupo controle e grupo exercício físico. Todos os animais foram imunizados e tiveram sangue coletado semanalmente durante 10 semanas. Os camundongos do grupo exercício físico realizavam treinamento de natação, 3 vezes por semana. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa na produção de anticorpos entre os grupos. Os animais do grupo exercício apresentaram níveis de IL-1 significativamente maiores que os do grupo controle. Na avaliação dos parâmetros bioquímicos, observou-se que o exercício físico promoveu melhoras expressivas nos níveis de glicose, colesterol, TGO e TGP. Os testes de sensibilidade à dor e comportamentais não apresentaram diferença significativa entre os grupos e os animais que praticaram exercícios apresentaram maior longevidade (20,3 meses) que animais sedentários (17,5 meses). Os resultados indicam que o exercício físico não altera a produção de anticorpos em animais submetidos ao veneno do escorpião Tityus serrulatus e os animais que realizaram treinamento físico apresentaram melhores condições de saúde e expectativa de vida.
Descrição: Tese de Doutorado apresentado ao programa de Pós-Graduação, em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC para obtenção do título de Doutor em Ciências de Saúde.Efeitos do tratamento com ultrassom pulsado de baixa intensidade transcraniano associado as nanopartículas de ouro em um modelo de doença de Alzheimer
http://repositorio.unesc.net/handle/1/10698
Título: Efeitos do tratamento com ultrassom pulsado de baixa intensidade transcraniano associado as nanopartículas de ouro em um modelo de doença de Alzheimer
Autor(es): Casagrande, Laura de Roch
Resumo: A Doença de Alzheimer (DA) é uma patologia que se desenvolve de forma progressiva e irreversível. Novas estratégias terapêuticas são necessárias para o tratamento da DA. O ultrassom pulsado de baixa intensidade (UPBI) é uma terapia não invasiva, de baixo custo, que estimula áreas especificas do cérebro. As nanopartículas de ouro (GNPs) são moléculas promissoras no tratamento de doenças neurodegenerativas devido suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do tratamento do UPBI associado as GNPs no aprendizado, memória e neuroinflamação em um modelo animal de DA induzido pela administração do peptídeo β-amilóide (βA1-42) em camundongos. Foram utilizados no total 60 camundongos machos com 90 dias de vida. O peptídeo βA1-42 ou líquido cefalorraquidiano artificial (ACSF) (400 pmol/Μl) foi inoculado intracerebroventricular nos camundongos BalbC, e o tratamento foi iniciado 24 horas após. Os animais receberam o tratamento com GNPs via intranasal (25μg/mL) e UPBI (dose 0.8 W/cm²) com frequência de 1.0 MHz por 17 dias com intervalo de 48 horas. Os animais foram distribuídos em cinco grupos experimentais (n=12): 1-ACSF; 2- βA1–42; 3- βA1–42+UPBI; 4- βA1–42+GNPs; 5- βA1–42+UPBI+GNPs. Nos dias 11º e 12º após inoculação os animais foram submetidos ao teste de campo aberto, no dia 13° ao teste Y maze, e a partir do dia 14° a 18° ao teste do labirinto radial. Logo após os testes comportamentais, no dia 19°, todos os grupos foram eutanasiados para a coleta do córtex pré-frontal, hipocampo, fígado e posteriormente análises bioquímicas e histológicas. Na análise histológica de fígado não foi observado em nenhum dos grupos experimentais a presença de infiltrado inflamatório. Os comportamentos demonstraram que houve danos de aprendizagem e memória nos grupos que receberam o peptídeo βA1-42, exceto no teste de campo aberto. No teste Y maze, apenas os grupos com terapias isoladas reverteram os déficits de memória de curto prazo. Já no teste de labirinto radial, todos os grupos apresentaram reversão dos déficits de memória. Na análise de fatores neurotróficos, no hipocampo e no córtex pré-frontal, todos os grupos tratados tiveram um aumento significativo do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) em comparação ao grupo βA1-42. Nas análises de citocinas pró-inflamatórias, no córtex pré-frontal houve uma diminuição das citocinas interleucina 1 beta (IL-1β) e interleucina 6 (IL-6) em todos os grupos tratados em comparação com o grupo βA1-42. No hipocampo, todos os grupos tratados provocaram uma redução significativa nos níveis de fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e IL-1β em relação ao grupo βA1-42. Além disso, houve um aumento significativo da citocina anti-inflamatória interleucina 10 (IL-10) em todos os grupos em relação ao grupo βA1-42, no hipocampo. Na análise de óxido nítrico (NO), no hipocampo, houve uma diminuição significativa no grupo terapias associadas em relação ao grupo βA1-42, com um aumento significativo da glutationa reduzida (GSH) em todos os grupos tratados em relação ao grupo βA1-42. No córtex pré frontal, o nitrito apresentou redução significativa em todos os grupos tratados em relação ao grupo βA1-42, com concomitante aumento do GSH em todos os grupos em relação ao grupo βA1-42. Na análise de RT-PCR houve um aumento da expressão gênica do fator Nuclear Kappa B (NFĸB) no hipocampo e todos os grupos tratados diminuíram esses achados em comparação ao grupo βA1-42. Na expressão gênica da proteína percursora amilóide (APP), apenas o grupo βA1-42+UPBI demonstrou uma diminuição dessa proteína. Os resultados demonstraram que as terapias isoladas tiveram uma melhor efetividade nos testes comportamentais. No entanto, o grupo associado demonstrou uma tendência a um maior potencial terapêutico e neuroprotetor, quando analisados os parâmetros de comportamento e análises bioquímicas.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde.Associação entre níveis de vitamina D e saúde mental em idosos da Atenção Primária de Saúde em um município de Santa Catarina
http://repositorio.unesc.net/handle/1/10697
Título: Associação entre níveis de vitamina D e saúde mental em idosos da Atenção Primária de Saúde em um município de Santa Catarina
Autor(es): Mossini, Cleber da Silva
Resumo: O perfil demográfico da população mundial aponta para o envelhecimento populacional, demonstrando que há um aumento na expectativa de vida. A vitamina D e seu receptor (VDR) estão presentes no cérebro, ossos, pele e células humanas no geral. A deficiência crônica de vitamina D tem sido relacionada a doenças ósseas, imunes, cardiovasculares, neuropsiquiátricas e com alguns tipos de cânceres, e sua suplementação tem apresentado resultados inconclusivos. Aliado a isso, há um aumento progressivo na prevalência de
comprometimento cognitivo, depressão e ansiedade nas pessoas mais velhas, o que interfere em sua qualidade de vida e de sua família. Este estudo transversal, de abordagem quantitativa, teve como objetivo investigar a associação entre os níveis de 25-hidróxivitamina-D (25OHD) e saúde mental em idosos da Atenção Primária à Saúde, residentes no município de Brusque, Santa Catarina. Foram avaliados 72 indivíduos idosos (60 anos ou mais) divididos em dois grupos: Grupo 1 - Controle, Suficientes em Vitamina D (≥30ng/mL – 46 indivíduos) e Grupo 2, Insuficiente ou Deficientes de vitamina D (<30 ng/mL – 26 indivíduos). Nestes indivíduosfoi aplicado questionário sociodemográfico e de saúde e testes específicos para avaliação da
cognição, através do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Teste do Desenho do Relógio (TDR) e Teste de Fluência Verbal (TFV); de sintomas depressivos pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15), de sintomas de ansiedade pelo instrumento General Anxiety Disorder (GAD-7); além da avaliação de qualidade de vida pelo Questionário Short-Form Health Survey (SF-36). Um abrangente conjunto de covariáveis contendo dados demográficos, condições socioeconômicas, comorbidades e práticas de saúde foram coletadas por entrevista,
através de um questionário elaborado pelo pesquisador, exames laboratoriais e prontuário do indivíduo. Os resultados mostraram associação estatística de baixos níveis de vitamina D com idade mais avançada, idosos que trabalham, viúvos, residindo com familiares e com declínio cognitivo avaliado no Teste de Fluência Verbal. Os níveis mais altos de vitamina D foram significativos em aposentados e idosos atualmente casados. O desfecho mostrou ainda prevalência de obesidade, multimorbidades e polifarmácia, comprometimento cognitivo e, apesar disso, qualidade de vida média com tendência a alta. Conclui-se, com estes resultados,
que em pessoas mais velhas, com o avançar da idade, piores condições familiares e econômicas e idosos com declínio cognitivo apresentam menores níveis de vitamina D.
Considerados em conjunto, esses dados fornecem evidências do impacto de aspectos sociais
nos níveis de vitamina D e sugerem sua potencial associação ao declínio cognitivo. Além
disso, alerta para o aumento de problemas de saúde na população idosa.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da
Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.